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Sindicatos argentinos marcam greve contra reforma da Previdência

A greve, convocada por 24 horas, será a primeira durante o governo Macri

Argentina: o governo considera a reforma fundamental para se reduzir o déficit fiscal (Mario Tama/Getty Images)

Argentina: o governo considera a reforma fundamental para se reduzir o déficit fiscal (Mario Tama/Getty Images)

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AFP

Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 11h10.

A principal central de trabalhadores da Argentina convocou nesta quarta-feira uma greve geral para a próxima sexta-feira, contra a polêmica revisão do cálculo da previdência promovida pelo governo do presidente Mauricio Macri.

A greve, convocada por 24 horas, será a primeira durante o governo Macri, que assumiu em dezembro de 2015.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT), que reúne os maiores sindicatos, convocou ainda uma mobilização para a quinta-feira, quando o governo tentará converter em lei a revisão já aprovada pelo Senado.

O governo considera a reforma fundamental para se reduzir o déficit fiscal.

Milhares de pessoas protestaram nesta quarta-feira contra a medida, em Buenos Aires, provocando o caos no trânsito no centro da cidade.

Um forte cordão policial isolou o Congresso, onde manifestantes provocaram confusão quando tentavam iniciar uma vigília até o início da sessão.

A reforma prevê mudanças no cálculo e na periodicidade dos ajustes das aposentadorias de 17 milhões de pessoas, com uma redução de gastos anual de cerca de 100 bilhões de pesos (5,6 bilhões de dólares), segundo cálculos da oposição.

Atualmente, as aposentadorias são reajustadas semestralmente com base em um índice que leva em conta a arrecadação tributária e a média dos aumentos salariais. O governo propõe uma atualização trimestral, mas substituindo no cálculo a arrecadação tributária por um índice de inflação.

Com o novo cálculo, o próximo reajuste, em março, seria de 5,7%, contra 12%, segundo a oposição.

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