EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília O Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Empregados de Empresas de Processamento de Dados de São Paulo (Sindpd) anunciou hoje (26) que vai iniciar uma espécie de "vaquinha" para pagar a multa de R$ 10 mil imposta ontem (25) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por propaganda eleitoral antecipada em favor da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Em nota assinada pelo presidente do sindicato, Antonio Neto, a entidade questiona a decisão da Corte eleitoral e critica a postura dos partidos de oposição, que foram os autores da ação que resultou na multa aplicada a Lula.
"Mesmo considerando injusta a decisão do TSE, informamos que iniciaremos uma campanha de cotização entre nossos diretores, filiados e amigos para efetuar o pagamento da multa. Desta forma, nos solidarizamos com o presidente Lula contra a tentativa das elites de criar celeumas e limitar o seu papel protagonista para o exercício da democracia e para a continuidade das mudanças positivas que iniciaram em seu governo", diz trecho da nota do Sindpd.
A decisão do TSE foi motivada pelos partidos DEM, PPS e PSDB que questionaram a decisão do ministro auxiliar Henrique Neves, de determinar o arquivamento da representação. Ele considerou que não houve a intenção de promover campanha em favor de Dilma no discurso proferido pelo presidente na inauguração da sede do Sindicato dos Trabalhadores e Empregados de Empresas de Processamento de Dados do Estado de São Paulo, no dia 22 de janeiro deste ano.
A oposição destacou do discurso de Lula, o trecho: "a cara do Brasil vai mudar muito e quem vier depois de mim, e eu por razões legais não posso dizer quem é, e espero que vocês adivinhem, vai encontrar um programa pronto com dinheiro no Orçamento, porque estou fazendo o PAC 2".