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CSA é multada em R$10,5 mi por problemas ambientais

Por falta de umidificação e a presença de ventos fortes na região, além do tempo seco na cidade, o resíduo de escória, um subproduto da siderurgia, vazou das instalações da CSA


	Siderúrgica CSA, no Rio: os resíduos causam problemas respiratórios, alérgicos e dermatológicos, segundo técnicos das secretaria e do Instituto Estadual do Ambiente 
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Siderúrgica CSA, no Rio: os resíduos causam problemas respiratórios, alérgicos e dermatológicos, segundo técnicos das secretaria e do Instituto Estadual do Ambiente  (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 16h12.

Rio de Janeiro - A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) foi multada em 10,5 milhões de reais pela Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro por ter provocado, na região de sua usina na zona oeste da capital, o fenômeno conhecido como chuva de prata.

"Minha paciência com a CSA acabou definitivamente", disse nesta quinta-feira o secretário da pasta, Carlos Minc, ao se referir aos sucessivos problemas causados pela unidade fabril e consequentes multas aplicadas pelo órgão.

"Não é a primeira lambança deles. Estão levando mais um cartão amarelo. A próxima é suspensão", ameaçou Minc.

Segundo ele, caso os problemas na unidade da ThyssenKrupp, em parceira com a Vale --a qual detém cerca de 25 por cento--, voltem a acontecer, há risco na unidade ser embargada pelo Estado. A nova autuação aplicada é passível de recurso, informou o secretário.

A denúncia da chuva de prata foi feita nesta semana por moradores que convocaram a presença de técnicos dos órgãos ambientais no local para averiguar o problema.


Por falta de umidificação e a presença de ventos fortes na região, além do tempo seco na cidade, o resíduo de escória, um subproduto da siderurgia, vazou das instalações da CSA, na zona oeste da capital, e, provocou a formação das chamadas nuvens ou chuva de prata, de acordo com a secretaria.

Os resíduos causam problemas respiratórios, alérgicos e dermatológicos, segundo técnicos das secretaria e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Essa foi a terceira multa aplicada à CSA desde 2010.

Em agosto daquele ano a autuação foi de 1,8 milhão de reais por conta de poluição do ar com pó de prata. Em janeiro de 2011, outra sanção foi aplicada no valor de 2,8 milhões de reais por problemas ambientais.

A empresa ainda foi obrigada a assinar, em abril deste ano, um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Inea e a SEA no valor de 14 milhões de reais para minimizar os problemas causados na região.

A ThyssenKrupp está em procedimento de análise para a venda da CSA. ArcelorMittal, U.S. Steel, Nucor, JFE Steel e a brasileira CSN estariam entre os grupos interessados nos ativos da Thyssen nas Américas.

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