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Seul seguirá de perto mudanças na Coreia do Norte

Em mensagem de ano novo, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, expressou seu desejo de melhorar as relações bilaterais entre os dois países

Kin Jong-un em discurso de fim de ano para a TV estatal no dia 31 de dezembro: desejos de uma relação bilateral melhor com o vizinho do Sul em 2014 (Youtube)

Kin Jong-un em discurso de fim de ano para a TV estatal no dia 31 de dezembro: desejos de uma relação bilateral melhor com o vizinho do Sul em 2014 (Youtube)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2014 às 06h30.

Seul - O governo da Coreia do Sul garantiu nesta quinta-feira que "vai observar de perto" as possíveis mudanças de atitude no regime da Coreia do Norte, depois que o líder Kim Jong-un expressou seu desejo de melhorar as relações bilaterais em sua mensagem de Ano Novo.

"Vamos observar de perto se a Coreia do Norte realmente vai mudar sua atitude ou não", disse à Agência Efe uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul.

O Ministério emitiu hoje um comunicado assegurando que ainda é "muito cedo" para determinar se as frases conciliadoras de Kim Jong-un vão levar a ações concretas que permitam uma melhora nas relações entre as duas Coreias.

O jovem líder norte-coreano pronunciou ontem um discurso televisivo de Ano Novo prometendo realizar "esforços para melhorar as relações entre Norte e Sul" e pediu que as autoridades sul-coreanas fizessem o mesmo.

No entanto, Kim Jong-un também advertiu que um hipotético conflito militar na Península coreana poderia levar a uma "catástrofe nuclear" e acusou Seul de promover o confronto entre os dois países.

Tais palavras contribuíram para esfriar a resposta de Seul, que mostrou cautela quanto ao futuro das relações bilaterais, ao lamentar que Pyongyang "continua com suas críticas" ao governo sul-coreano, apesar de sua aparente oferta de distensão.

Além disso, a porta-voz do Ministério da Unificação sul-coreano destacou que "Kim Jong-un já ofereceu um discurso parecido em 2013", ano no qual, posteriormente, elevou as tensões com Seul e Washington através de uma campanha de hostilidades sem precedentes.

O governo sul-coreano advertiu em várias ocasiões sobre a possibilidade de Pyongyang realizar uma "provocação" militar nos próximos meses para formar um consenso interno em torno da liderança de Kim, num momento de mudanças políticas após a execução do tio do líder e ex-número 2 do regime, Jang Song-thaek.

Em seu discurso de ano novo, Kim Jong-un se referiu à execução de Jang, que aconteceu em meados de dezembro, como uma ação para erradicar "escória" e "fortalecer" o Partido dos Trabalhadores.

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