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Seul e Tóquio vão compartilhar dados militares da Coreia do Norte

Coreia do Sul e Japão agora vão compartilhar informações sobre atividades militares da Coreia do Norte

Mísseis norte-coreanos: testes militares motivaram o acordo de defesa entre Coreia do Sul e Japão
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EFE

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 08h10.

Seul - Coreia do Sul e Japão assinaram nesta quarta-feira, em Seul, um tratado que permitirá as duas nações compartilharem informações sobre as atividades militares do regime da Coreia do Norte .

Os dois países decidiram assinar o Pacto Geral de Segurança sobre Informação Militar (GSOMIA, sigla em inglês) por conta do recente aumento de testes com armas realizados pelos norte-coreanos.

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O ministro da Defesa sul-coreano, Han Min-koo, e o embaixador japonês na Coreia do Sul, Yasumasa Nagamine, assinaram o documento no Ministério da Defesa, em Seul, informou a agência "Yonhap".

O documento entrou em vigor imediatamente, já que não necessita de aprovação parlamentar.

Tóquio e Seul haviam pré-acordado o GSOMIA há quase meia década, mas a assinatura do acordo foi cancelada na última hora em 2012 pela controvérsia que gerou então na Coreia do Sul o primeiro acordo de defesa com o Japão, país que exerceu um domínio colonial sobre a península coreana entre 1910 e 1945.

Na verdade, três partidos da oposição sul-coreana protestaram contra a assinatura do tratado e ameaçaram forçar a renúncia do ministro da Defesa em um momento de extrema fraqueza do governo da presidente Park Geun-hye, envolvida em um escândalo de corrupção e abuso de poder liderado por uma colaboradora próxima.

Porta-vozes do Ministério da Defesa sul-coreano ressaltaram hoje os benefícios do pacto diante do recente aumento de testes de mísseis e nucleares realizados pelo regime de Kim Jong-un e consideraram que uma crise política doméstica não deveria comprometer um tema de segurança nacional.

O tratado permitirá que a Coreia do Sul e Japão compartilhem dados confidenciais sobre os programas de armas de Pyongyang de maneira direta e não através dos Estados Unidos, como fizeram até agora, em virtude de outro pacto trilateral assinado em 2014.

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