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Serviço Secreto retira credenciais de agentes por escândalo

As autoridades que investigam o caso decidiram retirar as credenciais dos agentes e expropriarão sua equipe

O Pentágono também abriu uma investigação para determinar se no incidente estiveram envolvidos militares do contingente enviado para ajudar nas tarefas de segurança (Wikimedia Commons)

O Pentágono também abriu uma investigação para determinar se no incidente estiveram envolvidos militares do contingente enviado para ajudar nas tarefas de segurança (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 08h49.

Washington - O Serviço Secreto dos Estados Unidos revogou as credenciais de 11 agentes acusados de ''conduta inadequada'' em Cartagena (Colômbia), dias antes de o presidente, Barack Obama, participar da Cúpula das Américas, revelou nesta segunda-feira o canal ''CBS''.

As autoridades que investigam o caso decidiram retirar as credenciais dos agentes e expropriarão sua equipe, indicou um agente que não quis se identificar à emissora de televisão.

O Escritório de Responsabilidade Profissional do Serviço Secreto investiga se os agentes levaram prostitutas ao hotel onde se hospedavam nos dias prévios à chegada de Obama, em uma área considerada de segurança restrita.

Entre os envolvidos há dois supervisores e três membros da equipe da unidade especial, confirmou um alto funcionário.

Os 11 foram acusados de ''conduta inadequada'', foram postos sob licença administrativa e estão proibidos de entrar nas instalações do Serviço Secreto.

Uma das principais missões do Serviço Secreto é cuidar da segurança do presidente e de sua família, embora, segundo indicou em comunicado o diretor adjunto do Serviço Secreto, Paul Morrissey, nenhum dos agentes envolvidos pertencia à divisão de proteção presidencial.

O Pentágono também abriu uma investigação para determinar se no incidente estiveram envolvidos militares do contingente enviado para ajudar nas tarefas de segurança.


O Comando Sul dos EUA informou no sábado que cinco militares que se encontravam no mesmo hotel que os agentes de segurança estavam sendo investigados por possível ''conduta inadequada'' após violar o toque de recolher ao qual estavam submetidos.

O porta-voz do Pentágono, George Little, indicou nesta segunda-feira que ''pode haver mais de cinco'' envolvidos no escândalo.

Por sua parte, o general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior Conjunto, lamentou que o incidente tenha desviado a atenção ''do que era um compromisso regional muito importante para nosso presidente'', assinalou em entrevista coletiva.

Já o secretário do Departamento de Defesa, Leon Panetta, garantiu que se for comprovada alguma infração, ''esses indivíduos pagarão''.

''De nossas forças, tanto na Colômbia quanto em qualquer outro país ou aqui, esperamos o melhor dos comportamentos'', disse à imprensa no Pentágono.

O presidente Obama falou sobre o assunto na entrevista coletiva conjunta que deu no domingo ao lado do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, antes de deixar o país.

Obama disse que espera uma investigação ''rigorosa'' sobre o ocorrido em Cartagena e sustentou que ficaria chocado se for revelado que houve negligência por parte dos agentes, pois espera que sua delegação se comporte em qualquer país ''com a máxima dignidade''. 

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