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Sérvia começa a afastar refugiados da fronteira com Hungria

Porta-voz da Acnur na Sérvia indicou que ainda há mais de dois mil refugiados na região, mas que um primeiro grupo de 250 pessoas foi levado à cidade de Kanjiza

Refugiados na fronteira fechada da Hungria com a Sérvia: as autoridades sérvias esperam reduzir a tensão acumulada na fronteira pela insistência dos refugiados de atravessar para a Hungria (Reuters / Marko Djurica)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2015 às 11h25.

Belgrado - As autoridades sérvias começaram nesta quarta-feira a afastar centenas de refugiados do Oriente Médio acampados perto da fronteira com a Hungria para um centro de amparo próximo, informou a agência de refugiados da ONU (Acnur).

Melita Sunjic, porta-voz da Acnur na Sérvia, indicou que ainda há mais de dois mil refugiados na região, mas que um primeiro grupo de 250 pessoas foi levado à cidade de Kanjiza, onde há um centro de amparo.

"Alguns esperam ainda uma abertura da fronteira, e outros compreenderam que é melhor irem para Kanjiza e descansarem ali, receberem comida e tudo o que necessitam, e então decidir", explicou a porta-voz por telefone à Efe.

Desta forma, as autoridades sérvias esperam reduzir a tensão acumulada na fronteira pela insistência dos refugiados de atravessar para a Hungria.

Desde ontem, a fronteira húngara está fechada com uma cerca e só é permitido o acesso a duas "zonas de passagem", onde os imigrantes podem solicitar asilo.

Segundo a emissora sérvia "N1", do lado húngaro da fronteira há reforços policiais desdobrados em cordões para prevenir qualquer tentativa dos refugiados de romper a cerca.

Também soldados do exército monitoram a região há alguns dias.

Dezenas de milhares de refugiados passaram nos últimos meses pela rota dos Bálcãs, que passa por Grécia, Macedônia e Sérvia, e que até ontem era seguida pela Hungria.

O ministro de Interior sérvio, Nebojsa Stefanovic, pediu ontem à noite que a Hungria abra a passagem fronteiriça de Horgos, uma importante comunicação internacional.

Para hoje anunciou conversas com "os colegas húngaros, para ver como solucionar de forma pacífica esta situação".

É preciso ver "qual será o destino dessas quase mil pessoas que estão aqui, se existe a possibilidade de a Hungria aceitá-los, ou seja, aceitar sua solicitação de asilo ou permitir que passem", acrescentou.

Enquanto isso, os refugiados que entram na Sérvia pelo sul, desde a Macedônia, em Presevo, se dirigem desde esta madrugada diretamente à Croácia, de onde esperam entrar na Eslovênia e dali para a Áustria.

Cerca de 300 pessoas entraram hoje na Croácia pelos campos dos arredores da passagem fronteiriça croata em Tovarnik, onde são registrados pela polícia e transportados a centros onde poderão ser hospedados.

O governo croata já disse que deixará passar os refugiados que caminham para a Europa Ocidental, em particular à Alemanha.

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Belgrado - As autoridades sérvias começaram nesta quarta-feira a afastar centenas de refugiados do Oriente Médio acampados perto da fronteira com a Hungria para um centro de amparo próximo, informou a agência de refugiados da ONU (Acnur).

Melita Sunjic, porta-voz da Acnur na Sérvia, indicou que ainda há mais de dois mil refugiados na região, mas que um primeiro grupo de 250 pessoas foi levado à cidade de Kanjiza, onde há um centro de amparo.

"Alguns esperam ainda uma abertura da fronteira, e outros compreenderam que é melhor irem para Kanjiza e descansarem ali, receberem comida e tudo o que necessitam, e então decidir", explicou a porta-voz por telefone à Efe.

Desta forma, as autoridades sérvias esperam reduzir a tensão acumulada na fronteira pela insistência dos refugiados de atravessar para a Hungria.

Desde ontem, a fronteira húngara está fechada com uma cerca e só é permitido o acesso a duas "zonas de passagem", onde os imigrantes podem solicitar asilo.

Segundo a emissora sérvia "N1", do lado húngaro da fronteira há reforços policiais desdobrados em cordões para prevenir qualquer tentativa dos refugiados de romper a cerca.

Também soldados do exército monitoram a região há alguns dias.

Dezenas de milhares de refugiados passaram nos últimos meses pela rota dos Bálcãs, que passa por Grécia, Macedônia e Sérvia, e que até ontem era seguida pela Hungria.

O ministro de Interior sérvio, Nebojsa Stefanovic, pediu ontem à noite que a Hungria abra a passagem fronteiriça de Horgos, uma importante comunicação internacional.

Para hoje anunciou conversas com "os colegas húngaros, para ver como solucionar de forma pacífica esta situação".

É preciso ver "qual será o destino dessas quase mil pessoas que estão aqui, se existe a possibilidade de a Hungria aceitá-los, ou seja, aceitar sua solicitação de asilo ou permitir que passem", acrescentou.

Enquanto isso, os refugiados que entram na Sérvia pelo sul, desde a Macedônia, em Presevo, se dirigem desde esta madrugada diretamente à Croácia, de onde esperam entrar na Eslovênia e dali para a Áustria.

Cerca de 300 pessoas entraram hoje na Croácia pelos campos dos arredores da passagem fronteiriça croata em Tovarnik, onde são registrados pela polícia e transportados a centros onde poderão ser hospedados.

O governo croata já disse que deixará passar os refugiados que caminham para a Europa Ocidental, em particular à Alemanha.

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