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Serra promete total contrapartida de recursos do FPM

Em encontro com prefeitos do estado de São Paulo, o candidato disse que devolverá às cidades todo o montante do fundo

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra: segundo ele, os municípios perderam R$ 1,3 bi com o Fundo de Participação em 2009

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra: segundo ele, os municípios perderam R$ 1,3 bi com o Fundo de Participação em 2009

DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2010 às 17h26.

Brasília - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, prometeu, caso eleito, uma contrapartida integral aos municípios para que esses não percam mais dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

"Não vai ter mais, no governo federal, incentivo ou despesas criadas para municípios sem que as prefeituras recebam sua contrapartida integral. Os municípios brasileiros perderam no Fundo de Participação, no ano passado, R$ 3,3 bilhões. O governo federal retribuiu: devolveu R$ 2 bilhões, ou seja, [os municípios] perderam R$ 1,3 bilhão", disse o candidato na noite de ontem (1º). Segundo Serra, isso prejudica principalmente os municípios menores, que dependem mais do fundo.

Serra reuniu-se, na noite de ontem (1º), em São Paulo, com 353 prefeitos dos 650 municípios do estado. Segundo organizadores da campanha de Serra, houve inclusive a presença de prefeitos que não fazem parte dos partidos aliados.

No discurso de mais de 45 minutos destinado aos prefeitos e com as críticas ao PT, Serra também prometeu regulamentar o Artigo 23 da Constituição que delibera sobre a divisão de trabalho entre estados, municípios e União. "É uma coisa para que fique estabelecida realmente uma divisão de funções com mais clareza", afirmou. Segundo o candidato, caso eleito, isso será encaminhado como projeto de lei para ter "essa divisão explicitada".

Serra também voltou a reclamar do vazamento de dados fiscais de sua filha, Verônica Serra, pela Receita Federal. Para isso, lembrou o episódio do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que teve o sigilo bancário violado em 2006, num caso envolvendo o ex-ministro Antonio Palocci. "Quando se viola o sigilo bancário de um caseiro, viola-se a Constituição. Quando se viola o sigilo fiscal de representantes da Constituição, viola-se a Constituição. Quando se viola o sigilo fiscal de uma filha nossa, está se violando, acima de tudo, a Constituição", disse.

Além da presença dos prefeitos e de muitos militantes do partido, que lotaram a casa de espetáculos Credicard Hall - onde cabem duas mil pessoas, Serra esteve acompanhado de sua esposa, Monica Serra, e discursou ao lado do seu vice Indio da Costa. O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab também participaram do encontro.

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