Serra cobra divulgação de nomes que acessaram dados de tucano
São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse nesta quarta-feira que é favor da divulgação dos nomes dos funcionários da Receita Federal que supostamente acessaram dados sigilosos do vice-presidente tucano, Eduardo Jorge Caldas Pereira. Serra também disse que esta não é primeira vez que a máquina governamental é usada […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse nesta quarta-feira que é favor da divulgação dos nomes dos funcionários da Receita Federal que supostamente acessaram dados sigilosos do vice-presidente tucano, Eduardo Jorge Caldas Pereira.
Serra também disse que esta não é primeira vez que a máquina governamental é usada para atingir adversários.
"Sou a favor da divulgação... Usaram o aparato governamental para ferir adversários. Isto não é novidade e é muito importante para a nossa democracia que essa questão seja esclarecida a fundo", disse Serra a jornalistas após participar de evento da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Nesta quarta, o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, disse em sessão de comissão do Senado que conhece a origem dos acessos aos dados sigilosos de Eduardo Jorge. Ele alegou sigilo dos nomes porque as investigações internas ainda estão em curso. Os dados, segundo a mídia, teriam sido levantados pela campanha petista.
O tucano citou o que considera casos similares como o do caseiro em que o então ministro Antonio Palocci teria quebrado o sigilo bancário e um suposto dossiê que atingiu dona Ruth Cardoso, ex-primeira dama já falecida.
"Operação abafa vem uma atrás da outra. O dossiê dos aloprados foi abafado até hoje", afirmou Serra, citando um relatório feito por petistas na eleição de 2006 que mirava o tucano, então candidato ao governo paulista.
Serra também criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por fazer propaganda para a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) em evento oficial.
"Usar a máquina governamental numa campanha do jeito que está sendo usada fere um senso de justiça do povo brasileiro. Também mostra basicamente que a candidata (Dilma) não consegue andar sobre suas próprias pernas. A candidatura é produto de marqueteiros", disse Serra.
A candidata Marina Silva (PV) também participou do evento dos sindicalistas, em que foi entregue uma agenda com propostas da área. Já Dilma foi convidada, mas não compareceu.