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Série de explosões em depósito de armas no Congo mata 150 pessoas

As autoridades de Brazzaville não detalharam o que causou as fortes explosões

As explosões que começaram no início da manhã e causaram enormes danos materiais (Marc Hofer/AFP)

As explosões que começaram no início da manhã e causaram enormes danos materiais (Marc Hofer/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2012 às 15h23.

Brazzaville - Ao menos 150 pessoas morreram neste domingo e centenas ficaram feridas após uma série de explosões provocadas pelo incêndio de um depósito de armas e munição na capital da República do Congo, Brazzaville, informou o jornal local Les Dépêches.

As explosões que começaram no início da manhã e causaram enormes danos materiais, foram seguidas de pequenas deflagrações, que afetaram também à vizinha cidade de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo.

Os incidentes geraram pânico entre a população de Brazzaville e Kinshasa, as capitais dos dois Congos separadas apenas pelo rio homônimo.

Logo após as denotações, várias unidades de Bombeiros, policiais e voluntários da Cruz Vermelha congolesa se dirigiram para o local.

Por volta do meio-dia, uma equipe da ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) chegou ao Centro Hospitalar Universitário (CHU) de Brazzaville, instituição que recebeu um grande número de vítimas.

Um dos médicos da missão da MSF França em Brazzaville disse que é necessária maior organização na distribuição dos feridos e indicou que alguns deles foram enviados para outras instituições médicas.

As autoridades de Brazzaville não detalharam o que causou as fortes explosões, embora testemunhas citadas pelo jornal 'Les Dépêches' garantem que muitas das casas situadas nos arredores do depósito de armas ruíram após as explosões.

'Meus pais vivem perto de Mpila e o teto da casa deles desabou. Felizmente, não estavam lá no momento da tragédia, mas alguns vizinhos não tiveram a mesma sorte', relatou uma jovem à publicação.

Em seu site, a 'Radio Okapi' revela que o local da explosão é 'um velho arsenal de armas e munição que o Governo pretendia destruir', informam as autoridades militares de Brazzaville.


O chefe de segurança do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na República Democrática do Congo, François Nkoy, confirmou a situação de pânico em Kinshasa e garantiu ter pedido aos moradores que permaneçam afastados de qualquer janela.

Como constatou a Efe, um grande número de imóveis foi atingido em Kinshasa, incluindo prédios públicos. Um deles localizado no porto teve de ser evacuado.

Além disso, o comissário adjunto da Polícia Nacional da RDC, Charles Bisengimana, pediu calma a população de Kinshasa em mensagem divulgada da rádio estatal 'RTNC' e redobrar a atenção para evitar mais feridos. Bisengimana garantiu que 'não há o que temer' e tudo 'está sob controle das Forças de Segurança' da RDC.

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