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"Serei o maior gerador de empregos que Deus criou", diz Trump

Pela primeira vez em 167 dias, o presidente eleito Donald Trump realizou uma ampla conferência de imprensa na tarde desta quarta-feira

 (Spencer Platt/Getty Images)

(Spencer Platt/Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 15h22.

Última atualização em 11 de janeiro de 2017 às 15h46.

São Paulo - Pela primeira vez em 167 dias, o presidente eleito Donald Trump realizou uma ampla conferência de imprensa na tarde desta quarta-feira nos Estados Unidos. De saída, ele explicou que ficou muito tempo sem falar com os jornalistas porque "estava recebendo muitas notícias imprecisas".

Ele citou a notícia recentemente veiculada em alguns meios de imprensa de que chefes das agências de inteligência dos EUA teriam lhe informado que a Rússia possuiria dados pessoais e financeiros comprometedores contra ele.

Ele negou a informação, conforme já havia feito em seu perfil no Twitter, e sugeriu se tratar de "absurdo que foi lançado talvez pelas agências de  inteligência, quem sabe?".  Acrescentou ainda que "uma coisa como essa nunca deveria ter sido escrita, nunca deveria ter sido feita, e certamente nunca deveria ter sido divulgada".

Apesar das críticas, Trump ressaltou que tem um grande respeito pelas notícias e grande respeito pela liberdade de imprensa.

Empregos

Na sequência, Trump celebrou o movimento de algumas empresas automotivas que estão fechando fábricas em outros países para voltar a produzir nos Estados Unidos, como a Fiat e a Ford.

"Eu tenho sido muito ativo, acho que poderíamos dizer, de uma forma econômica para o país", afirmou.

Ele citou que a Ford acaba de anunciar que suspendeu os planos de construir uma planta de bilhões de dólares no México e que vai mudá-la para Michigan e disse esperar que a General Motors siga o mesmo caminho.

Trump disse ainda que os EUA precisam recuperar sua indústria de medicamentos, que segundo ele tem sido desastrosa. "Elas fornecem nossas drogas, mas não as fazem aqui". Para isso, ele planeja criar um novo processo de licitação para a indústria farmacêutica.

"É um setor que tem um monte de lobbies, um monte de lobistas e um monte de poder. E há muitas poucas licitações sobre medicamentos", declarou. O mesmo será feito com outras indústrias, segundo Trump, como a da aviação.

Ele citou ainda o interesse crescente de investidores estrangeiros no país. "Nós tivemos Jack Ma, nós tivemos tantos incríveis vindo aqui e querendo fazer coisas tremendas neste país. Eles estão muito animados. E vou dizer, se o resultado da  eleição fosse outro, eles não estariam aqui. Eles não estariam no meu escritório. Estariam construindo e fazendo coisas em outros países".

"Então há um grande movimento acontecendo agora, que muitos me disseram que nunca viram antes. Vamos criar empregos. Eu serei o maior produtor de empregos que Deus jamais criou. Vou trabalhar muito duro nisso. Precisamos ter uma certa quantidade de outras coisas, incluindo um pouco de sorte. Mas acho que vamos fazer um trabalho de verdade. E estou muito orgulhoso do que fizemos, e ainda nem chegamos lá."

Negócios

Durante a coletiva de imprensa, uma advogada das Organizações Trump anunciou que o presidente eleito abriu mão de qualquer envolvimento em seus império global de negócios e transferiu todos os ativos para um trust, além de ter colocado seus dois filhos no controle das empresas. A medida é  para evitar potencial conflito de interesses entre seus negócios e o cargo de presidente.

A cerimônia de posse do novo presidente dos EUA acontece no próximo dia 20.

 

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