Senador defende nova investigação com foco na Delta
Segundo ele, o depoimento do coordenador da Operação Monte Carlo mostrou que a polícia ainda precisa analisar muitas provas do envolvimento da Delta com Cachoeira
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2012 às 18h55.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), defendeu hoje (10) a necessidade de que a Polícia Federal abra um novo inquérito com foco na atuação da Construtura Delta. Segundo ele, o depoimento do delegado Matheus Mela Rodrigues, que coordenou a Operação Monte Carlo, deixou claro que falta à polícia analisar muitas provas que indicam que a Delta fazia parte da organização criminosa comandada pelo empresário Carlos Augusto de Almeira Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
"Agora é que vem a fase mais importante que exige, inclusive, na minha opinião, abertura de um novo inquérito porque os fatos fortuitos, os fatos novos revelados, inclusive com autoridades que possuem foro privilegiado, não eram objetos da Operação Monte Carlo", destacou o senador ao sair do depoimento do delegado, que está ocorrendo a portas fechadas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira.
Dias ressaltou que a investigação não se aprofundou nas movimentações do ex-diretor da empresa, Fernando Cavendish, e nem de Cláudio Abreu, que dirigia a empresa na região Centro-Oeste e que foi flagrado nas interceptações realizadas pela Polícia Federal durante as apurações em conversas com Cachoeira. "Esta investigação [Monte Carlo] não analisou os contratos da Delta. Não se quebrou sigilo da Delta, do senhor Fernando Cavendish. O senhor Cláudio Abreu, por exemplo, não estava sendo investigado. Ele não foi monitorado, não há filmagem de nenhuma atitude dele.”
O inquérito da Operação Monte Carlos teria sido enviado para o Ministério Público em março desse ano, de acordo com os parlamentares que presenciaram o depoimento do delegado Matheus Rodrigues. Os integrantes da CPMI informaram que há realmente muito material apreendido que ainda não foi analisado pela polícia.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) informou que cerca de 30 malotes de documentos apreendidos quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada estão de posse da polícia federal para serem analisados.
Em meio a esse conjunto de suspeitas, a empresa anunciou nessa semana que está a venda. A notícia repercutiu mal entre os integrantes da CPMI. O senador Álvaro Dias classificou a venda como "imoralidade". "Esta venda cheira à imoralidade. É preciso analisar quem é que está comprando a Delta. É quem recebeu, não há muito tempo, R$ 16 bilhões com taxas de juros privilegiadas do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”, acusou o senador, referindo-se à holding J&F, que controla o grupo JBS. Ontem, A J&F anunciou que assinou um acordo com a empreiteira para assumir a gestão.
Já o deputado Onyx Lorenzzoni (DEM-RS) disse que a venda da empresa pode prejudicar a recuperação de possíveis recursos desviados do governo, caso as suspeitas contra a empresa sejam confirmadas. "Vender a Delta porque? Ela tem R$ 4 bilhões em créditos para receber. Pode ser um bom negócio para quem for comprar. Agora, se eventualmente, o poder público tiver que ser ressarcido, nós vamos cobrar de quem?", questionou o deputado.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), defendeu hoje (10) a necessidade de que a Polícia Federal abra um novo inquérito com foco na atuação da Construtura Delta. Segundo ele, o depoimento do delegado Matheus Mela Rodrigues, que coordenou a Operação Monte Carlo, deixou claro que falta à polícia analisar muitas provas que indicam que a Delta fazia parte da organização criminosa comandada pelo empresário Carlos Augusto de Almeira Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
"Agora é que vem a fase mais importante que exige, inclusive, na minha opinião, abertura de um novo inquérito porque os fatos fortuitos, os fatos novos revelados, inclusive com autoridades que possuem foro privilegiado, não eram objetos da Operação Monte Carlo", destacou o senador ao sair do depoimento do delegado, que está ocorrendo a portas fechadas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira.
Dias ressaltou que a investigação não se aprofundou nas movimentações do ex-diretor da empresa, Fernando Cavendish, e nem de Cláudio Abreu, que dirigia a empresa na região Centro-Oeste e que foi flagrado nas interceptações realizadas pela Polícia Federal durante as apurações em conversas com Cachoeira. "Esta investigação [Monte Carlo] não analisou os contratos da Delta. Não se quebrou sigilo da Delta, do senhor Fernando Cavendish. O senhor Cláudio Abreu, por exemplo, não estava sendo investigado. Ele não foi monitorado, não há filmagem de nenhuma atitude dele.”
O inquérito da Operação Monte Carlos teria sido enviado para o Ministério Público em março desse ano, de acordo com os parlamentares que presenciaram o depoimento do delegado Matheus Rodrigues. Os integrantes da CPMI informaram que há realmente muito material apreendido que ainda não foi analisado pela polícia.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) informou que cerca de 30 malotes de documentos apreendidos quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada estão de posse da polícia federal para serem analisados.
Em meio a esse conjunto de suspeitas, a empresa anunciou nessa semana que está a venda. A notícia repercutiu mal entre os integrantes da CPMI. O senador Álvaro Dias classificou a venda como "imoralidade". "Esta venda cheira à imoralidade. É preciso analisar quem é que está comprando a Delta. É quem recebeu, não há muito tempo, R$ 16 bilhões com taxas de juros privilegiadas do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”, acusou o senador, referindo-se à holding J&F, que controla o grupo JBS. Ontem, A J&F anunciou que assinou um acordo com a empreiteira para assumir a gestão.
Já o deputado Onyx Lorenzzoni (DEM-RS) disse que a venda da empresa pode prejudicar a recuperação de possíveis recursos desviados do governo, caso as suspeitas contra a empresa sejam confirmadas. "Vender a Delta porque? Ela tem R$ 4 bilhões em créditos para receber. Pode ser um bom negócio para quem for comprar. Agora, se eventualmente, o poder público tiver que ser ressarcido, nós vamos cobrar de quem?", questionou o deputado.