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Senado russo ratifica tratado com Pyongyang que inclui assistência militar mútua

Documento formaliza parceria entre os países em caso de ataques armados estrangeiros

Sede do Palácio do Senado da Rússia  (Getty Images)

Sede do Palácio do Senado da Rússia (Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 6 de novembro de 2024 às 11h14.

Última atualização em 6 de novembro de 2024 às 11h18.

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O Senado russo ratificou, nesta quarta-feira, 6, o tratado de parceria estratégica firmado entre Rússia e Coreia do Norte em junho e que inclui uma cláusula de assistência militar mútua em caso de agressão.

De acordo com este documento, se uma das partes signatárias for alvo de um ataque armado, a outra fornecerá imediatamente assistência militar e de outro tipo.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, assinaram o tratado durante a primeira visita do chefe do Kremlin a Pyongyang em quase um quarto de século.

A ratificação do tratado pela Câmara alta do Parlamento russo ocorre após na noite de ontem o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ter confirmado os primeiros combates entre suas tropas e militares norte-coreanos.

“Os primeiros combates com militares norte-coreanos abrem uma nova página de instabilidade no mundo”, disse Zelensky em uma mensagem à nação na qual pediu mais uma vez à comunidade internacional que faça “tudo o que for possível para garantir que este passo russo para expandir a guerra fracasse".

Segundo a Ucrânia e alguns de seus aliados, a Coreia do Norte já enviou para a Rússia cerca de 11 mil militares. Alguns deles já se juntaram às tropas russas que combatem o Exército ucraniano na região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia e está parcialmente ocupada pelas forças de Kiev desde agosto.

A Rússia, que até agora não confirmou nem negou a presença de tropas norte-coreanas em seu território, garante que o tratado com o regime de Pyongyang é “de natureza defensiva e não é dirigido contra a segurança de terceiros países”.

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