Senado: se casa legislativa aprovar declaração que barra o muro de Trump, pode ocorrer o primeiro veto do presidente (Tim Sloan/AFP/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de março de 2019 às 09h35.
Washington - Oponentes à declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de emergência nacional na fronteira dos EUA com o México parecem ter obtido votos suficientes no Senado para rejeitar sua decisão, agora que o republicano Rand Paul de Kentucky disse que não pode estar ao lado da Casa Branca.
Três outros senadores republicanos já tinham anunciado que votarão "não": Susan Collins de Maine, Lisa Murkowski do Alasca e Thom Tillis da Carolina do Norte.
Paul é o quarto, e assumindo que todos os 47 democratas e seus independentes aliados vão contra Trump, daria aos adversários 51 votos - a maioria necessária.
Na terça-feira (26), a Câmara dos Representantes - controlada por democratas - aprovou medida que barra a declaração de emergência de Trump. A medida, no entanto, ainda que rejeitada pelo Senado, seguirá para Trump, que já prometeu vetar.
No dia 15 de fevereiro, Trump declarou emergência nacional - ação que dá ao presidente o poder de remanejar recursos do orçamento, para financiar o muro que ele quer construir na fronteira com o México.
Se a medida que barra a declaração for aprovada no Senado poderá ser o início de uma briga que poderá provocar o primeiro veto do presidente. Isso porque o Congresso não teria os dois terços necessários em cada Casa para anular o veto presidencial - para isso, seriam necessários 290 deputados e 67 senadores.
Com a declaração de emergência, o republicano teria acesso a cerca de US$ 8 bilhões para reforçar a fronteira com o México. Fonte: Associated Press