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Senado dos EUA deve demorar para aprovar projeto de gastos

O Senado americano deve aprovar projeto sobre gastos de US$ 1,1 trilhão, mas pode precisar de alguns dias para superar obstáculos regimentais


	Senado dos EUA: legislação evitará a paralisação do governo americano
 (Mark Wilson/Getty Images/AFP)

Senado dos EUA: legislação evitará a paralisação do governo americano (Mark Wilson/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 19h23.

Washington - O Senado dos Estados Unidos deve aprovar o projeto de lei sobre gastos de 1,1 trilhão de dólares, mas pode precisar de alguns dias para superar obstáculos regimentais antes de votar a legislação que evitará a paralisação do governo.

Após uma estreita votação na Câmara dos Deputados que expôs uma unidade desgastada entre os democratas do presidente Barack Obama, o líder democrata no Senado, Harry Reid, esperava que a lei fosse aprovada nesta sexta, poupando os norte-americanos de mais uma crise orçamentária Embora possa haver alguma oposição à medida, tanto da ala esquerda dos democratas e de alguns republicanos, o Senado caminhava para reunir os 60 votos necessários dos 100 assentos da Casa.

Mas como as regras do Senado dos EUA permitem que senadores individualmente suspendam a votação sobre a lei até a manhã de segunda-feira, parlamentares estão providenciando a prorrogação de financiamento federal temporário, previstos para vencer à meia-noite de sábado, até o meio da semana que vem.

Isso daria ao Senado o tempo que precisa para superar as barreiras regimentais e aprovar a lei. A revolta sobre as disposições financeiras controversas da líder democrata na Câmara, Nancy Pelosi, há muito tempo uma aliada incondicional de Obama, levou a um dia de tensão no Capitólio na quinta-feira.

Democratas, conscientes da necessidade de unidade quando os republicanos assumirem o controle total do Congresso no próximo ano, tentaram conter as especulação de uma separação prolongada entre o presidente e Pelosi.

A votação na Câmara foi adiada por sete horas depois que os democratas recusaram disposições para reverter parte da lei de reforma financeira Dodd-Frank, uma conquista legislativa do início da administração Obama que foi aprovada em resposta à crise financeira de 2008 e teve como objetivo controlar as tomadas de riscos por Wall Street. Os democratas também se opuseram a uma disposição que permite doações políticas de muito mais dinheiro.

Reid fez um apelo pela aprovação rápida da lei no Senado. "Desde 2011 temos ido de crise a crise com o país sob ameaça constante de uma paralisação ou de uma catástrofe financeira", disse.

"É um hábito muito ruim e o povo americano está muito, muito cansado disso." O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, também está ansioso para evitar uma nova e impopular paralisação governamental em um momento que os republicanos caminham para assumir o controle do Senado após as eleições de novembro deste ano, que também deu ao partido uma ampla maioria na Câmara.

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