Senado dos EUA aprova lei para evitar calote
Legislação para elevar a capacidade de endividamento foi aprovada pela casa nesta quinta-feira para evitar um calote do governo
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2013 às 22h42.
Washington - O Senado dos Estados Unidos aprovou na noite desta quarta-feira um acordo para acabar com a crise política que paralisou parcialmente o governo federal e levou a maior economia do mundo à beira de um calote da dívida que poderia ter provocado uma calamidade financeira global.
A Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, deve analisar a legislação mais tarde nesta quarta-feira, depois que o presidente da Casa, John Boehner, desistiu dos esforços do partido de relacionar a medida de gastos às mudanças na lei de saúde do presidente Barack Obama.
O acordo, no entanto, oferece apenas uma solução temporária e não resolve as questões fundamentais de gastos e déficits que dividem republicanos e democratas.
A lei emergencial financia o governo até 15 de janeiro e eleva o teto da dívida até 7 de fevereiro, quando os norte-americanos correm o risco de enfrentar outra paralisação do governo.
O mercado acionário dos EUA subiu, quase atingindo o patamar mais alto de todos os tempos, com a notícia do acordo.
O impasse entre republicanos e a Casa Branca sobre o financiamento do governo forçou a suspensão temporária do pagamento de centenas de milhares de trabalhadores federais a partir de 1 de outubro e gerou preocupação de que a crise política seria o "novo normal" em Washington.
O senador John McCain, cujos colegas republicanos desencadearam a crise com a exigência de que a lei de saúde sancionada por Obama, conhecida como "Obamacare", deixasse de receber fundos, disse nesta quarta-feira que o acordo marcou o "fim de uma odisseia angustiante" para os norte-americanos.
"É um dos capítulos mais vergonhosos que já vi nos anos que passei no Senado", disse McCain, que havia alertado repetidamente aos republicanos para não vincular suas demandas de mudanças no Obamacare ao projeto de lei sobre o limite da dívida ou gastos do governo.
O Senado aprovou a medida por 81 votos a favor e 18 contra, e a Câmara deve seguir o exemplo, abrindo o caminho para Obama sancioná-la o mais tardar na quinta-feira, quando o Tesouro diz que irá atingir o teto da dívida de 16,7 trilhões de dólares.
Falando depois que o Senado encerrou o impasse fiscal, Obama disse que sancionará a legislação assim que ela chegar à Casa Branca. "Podemos começar a levantar esta nuvem de incerteza e inquietação das nossas empresas e do povo norte-americano." Reabrir o governo totalmente deve levar vários dias. Enquanto as funções essenciais, como defesa e controle de tráfego aéreo, foram mantidas, parques e agências nacionais, como a Agência de Proteção Ambiental, fecharam.
Embora o acordo estenda a capacidade de envididamento dos EUA até 7 de fevereiro, o Departamento do Tesouro terá ferramentas para prolongar temporariamente essa capacidade para além desta data se o Congresso não agir no início do ano que vem.
Atualizado às 22h42min.
Washington - O Senado dos Estados Unidos aprovou na noite desta quarta-feira um acordo para acabar com a crise política que paralisou parcialmente o governo federal e levou a maior economia do mundo à beira de um calote da dívida que poderia ter provocado uma calamidade financeira global.
A Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, deve analisar a legislação mais tarde nesta quarta-feira, depois que o presidente da Casa, John Boehner, desistiu dos esforços do partido de relacionar a medida de gastos às mudanças na lei de saúde do presidente Barack Obama.
O acordo, no entanto, oferece apenas uma solução temporária e não resolve as questões fundamentais de gastos e déficits que dividem republicanos e democratas.
A lei emergencial financia o governo até 15 de janeiro e eleva o teto da dívida até 7 de fevereiro, quando os norte-americanos correm o risco de enfrentar outra paralisação do governo.
O mercado acionário dos EUA subiu, quase atingindo o patamar mais alto de todos os tempos, com a notícia do acordo.
O impasse entre republicanos e a Casa Branca sobre o financiamento do governo forçou a suspensão temporária do pagamento de centenas de milhares de trabalhadores federais a partir de 1 de outubro e gerou preocupação de que a crise política seria o "novo normal" em Washington.
O senador John McCain, cujos colegas republicanos desencadearam a crise com a exigência de que a lei de saúde sancionada por Obama, conhecida como "Obamacare", deixasse de receber fundos, disse nesta quarta-feira que o acordo marcou o "fim de uma odisseia angustiante" para os norte-americanos.
"É um dos capítulos mais vergonhosos que já vi nos anos que passei no Senado", disse McCain, que havia alertado repetidamente aos republicanos para não vincular suas demandas de mudanças no Obamacare ao projeto de lei sobre o limite da dívida ou gastos do governo.
O Senado aprovou a medida por 81 votos a favor e 18 contra, e a Câmara deve seguir o exemplo, abrindo o caminho para Obama sancioná-la o mais tardar na quinta-feira, quando o Tesouro diz que irá atingir o teto da dívida de 16,7 trilhões de dólares.
Falando depois que o Senado encerrou o impasse fiscal, Obama disse que sancionará a legislação assim que ela chegar à Casa Branca. "Podemos começar a levantar esta nuvem de incerteza e inquietação das nossas empresas e do povo norte-americano." Reabrir o governo totalmente deve levar vários dias. Enquanto as funções essenciais, como defesa e controle de tráfego aéreo, foram mantidas, parques e agências nacionais, como a Agência de Proteção Ambiental, fecharam.
Embora o acordo estenda a capacidade de envididamento dos EUA até 7 de fevereiro, o Departamento do Tesouro terá ferramentas para prolongar temporariamente essa capacidade para além desta data se o Congresso não agir no início do ano que vem.
Atualizado às 22h42min.