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Senado divulga documentos de reunião entre Trump Jr e russos em 2016

Trump Jr se reuniu com uma advogada relacionada ao Kremlin, na presença do então chefe de campanha do republicano, meses antes da eleições de 2016

Trump Jr negou ter falado a seu pai sobre a reunião com uma advogada relacionada ao Kremlin cinco meses antes da eleição (Mike Segar/Reuters)
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AFP

Publicado em 16 de maio de 2018 às 14h53.

Um Comitê do Senado americano divulgou nesta quarta-feira (16) milhares de documentos de sua investigação sobre uma reunião ocorrida na Trump Tower entre Donald Trump Jr e russos que haviam prometido material incriminador sobre Hillary Clinton.

Em um depoimento revelado pelo Comitê Judicial do Senado, Trump Jr informou não ter falado antecipadamente a seu pai sobre a reunião com uma advogada relacionada ao Kremlin cinco meses antes da eleição.

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A reunião de 9 de junho de 2016 com Natalia Veselnitskaya também contou com a presença do então chefe de campanha do republicano, Paul Manafort, e do genro de Trump, Jared Kushner.

A reunião na Trump Tower foi organizada por Rob Goldstone, um ex-jornalista britânico que contactou Trump Jr dizendo ter informações "de nível muito alto e muito sensíveis" que comprometiam Hillary, adversária de Trump.

"Eu adoraria", respondeu o filho do republicano.

Mas Trump Jr disse depois que não deram "informação significativa" e que a reunião se centrou principalmente no tema das adoções de crianças russas.

Entre os 2.000 documentos publicados pelo Comitê do Senado está a transcrição do depoimento de Trump Jr.

Em uma declaração à mídia americana nesta quarta-feira, assegurou que apreciava "a oportunidade de ter ajudado o Comitê Judicial em sua investigação".

"Agora o público pode ver que durante mais de cinco horas respondi todas as perguntas, e fui franco e direto", continuou.

O senador republicano Chuck Grassley, presidente do Comitê Judicial do Senado, declarou ter publicado os documentos para que "os americanos possam revisar a informação" e "chegar a suas próprias conclusões".

Os democratas do Comitê disseram que a reunião de 2016 "confirma que a campanha de Trump estava disposta a aceitar a ajuda da Rússia".

"Seus esforços para ocultar a reunião e seu verdadeiro propósito são consistentes com um padrão maior de declarações falsas sobre a relação da campanha de Trump com a Rússia", segundo um comunicado.

"O Comitê encontrou evidências de múltiplos contatos entre a campanha de Trump e funcionários do governo russo, ou seus intermediários, incluindo ofertas de ajuda e propostas de Vladimir Putin, o que justifica uma maior investigação", acrescentaram.

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