Seis jornalistas detidos no escândalo das escutas ilegais
As prisões são parte da investigação do escândalo das escutas telefônicas no extinto tabloide britânico News of the World
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 12h09.
Londres - A polícia britânica anunciou nesta quarta-feira a prisão de seis jornalistas em conexão com "uma nova linha de investigação" do escândalo das escutas telefônicas no extinto tabloide britânico News of the World.
A Scotland Yard anunciou em um comunicado que identificou uma "nova suposta conspiração para interceptar mensagens de voz" por parte de funcionários do jornal em 2005 e 2006, diferente da que terminou com uma série de acusações formais e com um julgamento previsto para setembro.
"Como parte das novas linhas de investigação, seis pessoas foram presas nesta manhã como suspeitas de conspiração para interceptar comunicações telefônicas", disse o comunicado.
São três homens e três mulheres, de 36 a 46 anos, que "são jornalistas ou ex-jornalistas", afirma o texto, que não informa suas identidades.
Dois dos detidos agora trabalham no jornal The Sun, propriedade do grupo de Rupert Murdoch, assim como o falecido semanário, segundo uma nota interna da direção do News International, que agrupa as publicações britânicas da News Corp., que vazou à imprensa britânica.
Oficialmente, no entanto, a News Internatinal não quis fazer comentários.
A polícia indicou que as seis pessoas, todas detidas no Reino Unido, com exceção de uma, presa em Cheshire (noroeste da Inglaterra), estão sendo interrogadas em diversas delegacias e que seus agentes realizavam inspeções em vários locais.
Os investigadores apontam, por sua vez, que "em seu devido tempo falarão com as supostas vítimas destas escutas".
O News of the World, que precisou ser fechado em julho de 2011 devido ao escândalo das escutas, é acusado de ter grampeado desde 2000 as mensagens de voz dos telefones de 800 pessoas, incluindo famosos, políticos e membros da família real, mas também vítimas de crimes, para tentar obter exclusivas.
A primeira investigação sobre as escutas, iniciada em 2006, terminou no ano seguinte com penas de vários meses de prisão para um jornalista e um detetive funcionários do jornal. Mas, após novas revelações, a Scotland Yard decidiu reabrir a investigação no início de 2011.
Entre os acusados que serão julgados em junho, figuram dois ex-protegidos de Murdoch, o ex-diretor do News of the World e ex-chefe de comunicação do primeiro-ministro David Cameron, Andy Coulson, e a ex-diretora do Sun e ex-chefe do News International, Rebekah Brooks.
Ambos serão acusados em conexão com as escutas e com uma investigação paralela sobre os supostos subornos a policiais e a outros funcionários públicos.
Devido ao escândalo, o governo encarregou o juiz Brian Leveson de realizar uma análise independente sobre as práticas e a ética da imprensa.
Em seu relatório, publicado em novembro, recomendou a criação de um órgão regulador independente da imprensa escrita apoiado por uma legislação, que está atualmente sendo discutido.
*Matéria atualizada às 13h08
Londres - A polícia britânica anunciou nesta quarta-feira a prisão de seis jornalistas em conexão com "uma nova linha de investigação" do escândalo das escutas telefônicas no extinto tabloide britânico News of the World.
A Scotland Yard anunciou em um comunicado que identificou uma "nova suposta conspiração para interceptar mensagens de voz" por parte de funcionários do jornal em 2005 e 2006, diferente da que terminou com uma série de acusações formais e com um julgamento previsto para setembro.
"Como parte das novas linhas de investigação, seis pessoas foram presas nesta manhã como suspeitas de conspiração para interceptar comunicações telefônicas", disse o comunicado.
São três homens e três mulheres, de 36 a 46 anos, que "são jornalistas ou ex-jornalistas", afirma o texto, que não informa suas identidades.
Dois dos detidos agora trabalham no jornal The Sun, propriedade do grupo de Rupert Murdoch, assim como o falecido semanário, segundo uma nota interna da direção do News International, que agrupa as publicações britânicas da News Corp., que vazou à imprensa britânica.
Oficialmente, no entanto, a News Internatinal não quis fazer comentários.
A polícia indicou que as seis pessoas, todas detidas no Reino Unido, com exceção de uma, presa em Cheshire (noroeste da Inglaterra), estão sendo interrogadas em diversas delegacias e que seus agentes realizavam inspeções em vários locais.
Os investigadores apontam, por sua vez, que "em seu devido tempo falarão com as supostas vítimas destas escutas".
O News of the World, que precisou ser fechado em julho de 2011 devido ao escândalo das escutas, é acusado de ter grampeado desde 2000 as mensagens de voz dos telefones de 800 pessoas, incluindo famosos, políticos e membros da família real, mas também vítimas de crimes, para tentar obter exclusivas.
A primeira investigação sobre as escutas, iniciada em 2006, terminou no ano seguinte com penas de vários meses de prisão para um jornalista e um detetive funcionários do jornal. Mas, após novas revelações, a Scotland Yard decidiu reabrir a investigação no início de 2011.
Entre os acusados que serão julgados em junho, figuram dois ex-protegidos de Murdoch, o ex-diretor do News of the World e ex-chefe de comunicação do primeiro-ministro David Cameron, Andy Coulson, e a ex-diretora do Sun e ex-chefe do News International, Rebekah Brooks.
Ambos serão acusados em conexão com as escutas e com uma investigação paralela sobre os supostos subornos a policiais e a outros funcionários públicos.
Devido ao escândalo, o governo encarregou o juiz Brian Leveson de realizar uma análise independente sobre as práticas e a ética da imprensa.
Em seu relatório, publicado em novembro, recomendou a criação de um órgão regulador independente da imprensa escrita apoiado por uma legislação, que está atualmente sendo discutido.
*Matéria atualizada às 13h08