"Segurobrás" pode incentivar corrupção, critica Serra
O candidato do PSDB à Presidência da República criticou a possível criação da Empresa Brasileira de Seguros S.A (EBS)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Luís - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra (PSDB), visitou hoje São Luís, onde fez críticas a projetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Serra, a possível criação da Empresa Brasileira de Seguros S.A (EBS), apelidada pelo tucano de "Segurobrás", pode incentivar a corrupção. Reportagem do jornal "O Globo" desta terça-feira afirmou que a criação da empresa aconteceria por meio de medida provisória assinada pelo presidente Lula e poderia ocorrer nas próximas semanas.
Serra criticou o fato de o governo federal criar mais uma empresa estatal. Durante o governo Lula, foram 12 empresas públicas criadas. "Eu não achava necessário criar mais uma empresa de seguros. Empresa de seguro é uma área potencialmente de muita corrupção. É muito difícil em uma empresa de seguros estatal você segurar a corrupção", disse Serra. "A empresa de seguro é uma área muito subjetiva para trabalhar. Fazer uma 'Segurobrás' é um risco desse ponto de vista", pontuou.
Serra viajou para a capital maranhense para continuar a sua agenda de campanha na região nordeste. Ele desembarcou aproximadamente às 15h30 no aeroporto internacional Marechal Cunha Machado. Após o seu desembarque, estava prevista uma entrevista a jornalistas no saguão do aeroporto. O candidato também assistiria a uma apresentação do "Boi Pirilampo", uma manifestação folclórica local. Mas a agenda dele teve que ser alterara porque professores do município de São Luís realizaram um protesto contra a administração do PSDB da capital maranhense.
Depois do aeroporto, ele foi para a sede da Associação Comercial do Maranhão (ACM), onde recebeu o título de cidadão ludovicense. Após a solenidade, o tucano discursou em praça pública e saiu em carreata com correligionários do ex-governador Jackson Lago (PDT). Nos discursos na ACM, Serra deu uma última "alfinetada" no PT ao afirmar que o partido era o grande torcedor da "derrota alheia".