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Segurança nacional de Obama sofre mudanças básicas

Leon Panetta, diretor da CIA, será o novo secretário de Defesa dos EUA

Leon Panetta, próximo secretário de Defesa dos Estados Unidos (Chip Somodevilla/Getty Images)

Leon Panetta, próximo secretário de Defesa dos Estados Unidos (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2011 às 17h11.

Washington - O diretor da CIA, Leon Panetta, será o novo secretário de Defesa dos Estados Unidos, em uma importante reorganização da equipe de segurança nacional do presidente Barack Obama.

Dentro dessa revisão, Obama também nomeará seu comandante-em-chefe no Afeganistão, o general David Petraeus, para suceder a Panetta na Agência Central de Inteligência (CIA), indicaram os meios de comunicação.

Panetta, de 72 anos, substituirá o secretário de Defesa, Robert Gates, uma figura influente no gabinete, e que começou o mandato no governo do predecessor republicano de Obama, George W. Bush.

Gates, que havia anunciado a intenção de se demitir no decorrer deste ano, também é ex-diretor da CIA e falou muito bem do trabalho de Panetta na agência de inteligência.

A revisão acontece num momento crucial e ajudará a reacomodar o enfoque de Obama em relação à guerra no Afeganistão, cada vez mais impopular, a intervenção aérea da Otan na Líbia lançada em março, e as rebeliões árabes que ameaçam a influência de Washington no Oriente Médio.

Se confirmado pelo Senado como chefe do Pentágono, Panetta será o primeiro democrata a ocupar a pasta da Defesa desde William Perry, em 1997.

Ao contrário de Gates, um oficial de inteligência de carreira com experiência em questões de segurança nacional, Panetta provém da política partidária, com uma trajetória que começou como representante no Congresso.


A reorganização da cúpula de funcionários de segurança do presidente é comentada há várias semanas.

As cadeias de tv ABC e NBC informaram, por sua parte, que Petraeus, comandante das operações militares no Afeganistão, será substituído pelo general John Allen, atual número dois do Comando Central dos Estados Unidos.

No âmbito civil no Afeganistão, Ryan Crocker, um ex-diplomata dos Estados Unidos que foi embaixador no Paquistão e no Iraque, é mencionado como sucessor do embaixador Karl Eikenberry em Cabul, uma vez que este último mantém uma relação tensa com o presidente afegão Hamid Karzai.

A Casa Branca negou-se a comentar essas informações.

Além das mudanças nos altos postos da Defesa, vários cargos cruciais em termos de segurança nacional ficarão vagas nos próximos meses, incluindo o do chefe do Estado-Maior Conjunto, almirante Mike Mullen, que conclui suas funções em setembro. O mandato de Petraeus terminará no final do ano.

Panetta - que conta com um sólido apoio do oficialismo e da oposição no Congresso - surgiu como um forte candidato para suceder a Gates como chefe do Pentágono.

Petraeus, por sua vez, é considerado por alguns ex-funcionários da CIA e analistas o chefe perfeito para a agência de inteligência por seu trabalho com agentes que lutam contra a Al-Qaeda no Iraque, Afeganistão, Iêmen e outros lugares do tipo, assim como por sua experiência nos debates políticos de Washington.

O presidente da Comissão de Segurança Nacional, Peter King, um republicano geralmente muito crítico em relação à Casa Branca, saudou a notícia das nomeações.

King disse que Panetta fez um trabalho extraordinário na CIA e que Petraeus está entre "os grandes líderes militares da América".

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