Os candidatos à Presidência: Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2010 às 15h04.
São Paulo - O segundo turno das eleições brasileiras está sendo noticiado com destaque nos principais jornais do mundo. Em geral, as publicações falam da vantagem da candidata Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto e da saída de Lula do poder.
O site da BBC cita o favoritismo de Dilma e o empenho do “popular Luis Inácio Lula da Silva” em eleger a petista. O francês Le Monde destaca a vantagem nas pesquisas com a manhcete “No Brasil, Dilma Rousseff espera suceder Lula”. O Corriere della Sera, da Itália, informa: “Vota-se no Brasil, Dilma Rousseff é super favorita”. O jornal cita que a vitória de Dilma traria ao país a primeira "presidenta" da história, e seria “uma vitória pessoal de Lula, que praticamente impôs sua candidatura.”
O espanhol El País dá grande destaque e traz a manchete “Brasil se despede de Lula” para falar do segundo turno. Conforme o jornal, “as eleições presidenciais abrem um novo ciclo na política brasileira” uma vez que “Lula, o sindicalista quase sem estudos que lutou para chegar à presidência (...), inicia sua retirada”. Outra reportagem da publicação questiona a confiabilidade das urnas eletrônicas nas eleições brasileiras e afirma que o sistema de voto segue despertando críticas de alguns setores 14 anos depois de sua implantação.
A edição eletrônica do The New York Times publicou a reportagem “Preparada para conduzir o Brasil e encarar tarefas inacabadas”, referindo-se à Dilma. O texto traz depoimentos de personalidades e políticos brasileiros sobre a candidata, detalhes de sua trajetória política e uma análise, através de especialistas, sobre o que aconteceria ao país com uma vitória da petista.
No site do Clarín, jornal argentino, o destaque é: “Dilma Rousseff, outra vez favorita, busca hoje a presidência do Brasil”. A reportagem cita a preferência por Dilma nas pesquisas e avalia que o bem-estar econômico do país foi determinante para que o cenário fosse favorável à candidata de Lula. Ainda segundo o periódico, o candidato José Serra errou ao tentar imputar temas religiosos na discussão política. “Sem dúvida, a questão econômica pesa muito mais do que o aborto, o casamento gay e alegações de corrupção”, diz o texto.