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Segundo EUA, ameaça da Al Qaeda continua viva e se prolifera

Al Qaeda ainda é uma ''séria'' ameaça, já que buscou se consolidar ''estabelecendo vínculos mais estreitos com outras organizações'', diz Departamento de Estados dos EUA

Os EUA alegam que a morte de Bin Laden e outros membros-chave da Al Qaeda pôs a rede em uma caminho de fraqueza ''difícil de reverter'' (Getty Images)

Os EUA alegam que a morte de Bin Laden e outros membros-chave da Al Qaeda pôs a rede em uma caminho de fraqueza ''difícil de reverter'' (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 21h22.

Washington - Os Estados Unidos advertiram nesta terça-feira que a ameaça da Al Qaeda continua viva já que, apesar do duro golpe na rede terrorista com a morte no ano passado de seu líder Osama bin Laden, proliferaram os grupos filiados ao grupo no Oriente Médio e África.

O Departamento de Estado dos EUA afirmou nesta terça, em seu relatório anual sobre a situação do terrorismo no mundo, que a Al Qaeda ainda é uma ''séria'' ameaça, já que buscou se consolidar ''estabelecendo vínculos mais estreitos com outras organizações''.

O documento apontou, além disso, o Irã como ''o principal país patrocinador do terrorismo'', a quem acusa de proporcionar financiamento e apoio a ''terroristas e militantes no Oriente Médio'', uma ameaça para a já frágil situação da região.

Os EUA alegam que a morte de Bin Laden e outros membros-chave da Al Qaeda pôs a rede em uma caminho de fraqueza ''difícil de reverter''.

Mesmo assim, Washington destaca que apesar da pressão contra o núcleo da Al Qaeda no Paquistão, o grupo e seus filiados conseguiram ''se adaptar'' às novas circunstâncias.

''Eles conservaram a capacidade de realizar ataques regionais e internacionais e isso é uma ameaça séria e duradoura para nossa segurança nacional'', diz o relatório.

Osama bin Laden, líder da Al Qaeda por 22 anos, foi morto em maio de 2011 durante uma operação militar americana no complexo residencial onde se escondia, na cidade de Abbottabad, no Paquistão.


''Não há dúvida de que estamos mais seguros do que anos atrás'', afirmou em entrevista coletiva o coordenador do Escritório de Antiterrorismo do Departamento de Estado, Daniel Benjamin, ''mas estamos muito preocupados pelo aumento de (grupos) filiados''.

Em particular, mencionou a Al Qaeda na Península Arábica que, segundo o relatório, conseguiu o controle de um território no sul do Iêmen e está aproveitando a instabilidade política do país para conspirar contra interesses regionais e ocidentais.

Outro grupo que preocupa os Estados Unidos é o Al-Shabaab, que ''demonstrou desejo e habilidade para atacar fora da Somália'' e cujos atentados causaram mais de 1 mil mortos no ano passado, assim como a Al Qaeda no Magrebe Islâmico, que conseguiu aumentar seus fundos com resgates de sequestros e aproveitou a instabilidade política na Líbia e no Mali para garantir sua presença.

A saída das tropas americanas no Iraque é outro desafio na luta contra o terrorismo, já que, apesar dos progressos das Forças de Segurança iraquianas, o grupo Al Qaeda no Iraque ''continua sendo capaz de ataques coordenados em grande escala e de concluir numerosos atentados suicidas e com carros-bomba contra alvos governamentais e civis''.

O Afeganistão, de onde as tropas internacionais da Otan devem sair no final de 2014, também sofreu ''ataques mais agressivos e coordenados dos talibãs, Haqqani, e Al Qaeda''.

Na lista de países que patrocinam o terrorismo, os Estados Unidos mantiveram Síria, Sudão e Cuba, país que os americanos acusam de continuar abrigando membros da organização ETA e fornecer ajuda médica e assistência política a militantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Os Estados Unidos mantêm a ETA entre aproximadamente 50 grupos terroristas internacionais e alega que embora o grupo não tenha se dissolvido, destaca o ''êxito'' que significou o anúncio do término definitivo de sua atividade armada, em 20 de outubro do ano passado.

Em 2011 aconteceram cerca de 10 mil ataques terroristas em 17 países, que fizeram 45 mil vítimas, das quais 12.500 morreram. No entanto, segundo Benjamin, o número de ataques diminuiu 12% em relação ao ano anterior e cerca de 29% desde 2007. EFE

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