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Segundo a ONU, 50 mil crianças podem morrer de fome no Mali

Cerca de 50 mil crianças podem morrer de fome no Mali ao longo de 2014 se não receberem tratamento nutricional adequado, segundo a ONU


	Família em estrada no Mali: cerca de 136 mil crianças sofrem de desnutrição severa aguda no Mali, de acordo com estatísticas
 (ISSOUF SANOGO/AFP/Getty Images)

Família em estrada no Mali: cerca de 136 mil crianças sofrem de desnutrição severa aguda no Mali, de acordo com estatísticas (ISSOUF SANOGO/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 13h16.

Genebra - Cerca de 50 mil crianças podem morrer de fome no Mali ao longo de 2014 se não receberem tratamento nutricional adequado, segundo estimativas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

De acordo com estatísticas, cerca de 136 mil crianças sofrem de desnutrição severa aguda no Mali, uma patologia com uma elevada taxa de mortalidade, e 360 mil sofrem de desnutrição moderada, acrescentou o coordenador humanitário da ONU para esse país africano, Davis Gressly.

"Ninguém notará se essas crianças morrerem", disse Gressly ao apresentar à imprensa o plano de assistência humanitária da ONU para Mali, formulado nesta semana e para o qual são requeridos 420 milhões de euros.

O tratamento para curar a desnutrição severa aguda custa cerca de US$ 100 e consiste em um concentrado de nutrientes que reanima uma criança desnutrida de maneira muito rápida e eficaz, explicou o funcionário.

No total, mais de três milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentícia no Mali, a maioria no norte do país devido ao conflito interno e à ocupação desta zona por parte de grupos irregulares armados.

O conflito provocou o deslocamento de mais de meio milhão de pessoas dentro do país e rumo aos países vizinhos, ampliando a crise no centro e sul do país.

O objetivo do plano humanitário é melhorar o acesso aos serviços sociais básicos nas áreas de saúde, educação, nutrição, água, saneamento e higiene.

Além disso, se planeja aumentar as atividades de proteção das povoações mais vulneráveis, como deslocados internos, comunidades de amparo, repatriados e retornados, e atenuar as consequências da crise alimentícia mediante o apoio à agricultura.

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