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Sede da ONU se transforma no epicentro da diplomacia mundial

De acordo com dados oficiais, a organização programou 545 reuniões no principal edifício da ONU, incluindo eventos paralelos e reuniões regulares


	Barack Obama: na terça feira, Obama se despede da ONU, meses antes do fim de seu mandato
 (Presidência do Peru/Fotos Públicas)

Barack Obama: na terça feira, Obama se despede da ONU, meses antes do fim de seu mandato (Presidência do Peru/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 14h01.

Nações Unidas - Pelo menos 135 chefes de Estado e de governo participam a partir de amanhã do debate anual de alto nível da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (<a href="https://exame.com.br/topicos/onu"><strong>ONU</strong></a>), que mais uma vez transformará Nova York no centro da diplomacia mundial.</p>

Os dados fornecidos pela ONU indicam que pela tribuna da Assembleia Geral, a de maior projeção internacional, passarão 86 chefes de Estado, 49 chefes de governo, um príncipe herdeiro, cinco vice-presidentes, 51 ministros e três observadores.

Todos eles trarão às Nações Unidas suas propostas sobre a agenda mundial, em uma série de sessões que acontecerão até segunda-feira da semana que vem, exceto no domingo.

Como é tradição, o debate será aberto pelo Brasil, que nesta ocasião será representado pelo presidente Michel Temer. E, como também é tradição, Temer será seguido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que na terça-feira se despede da ONU, meses antes do fim de seu mandato à frente do governo americano.

O último programa liberado pela ONU indica que terão os governantes discursarão até o próximo sábado, e neste dia e na segunda-feira a tribuna da Assembleia Geral será utilizada exclusivamente por ministros.

Grandes ausências serão sentidas no debate deste anos, a não ser que surjam mudanças de última hora. Entre as faltas está o presidente de Cuba, Raúl Castro, que estreou na ONU nas sessões do ano passado.

Também não estará presente o presidente russo, Vladimir Putin, nem o chinês, Xi Jinping, que participaram dos debates de 2015, quando a ONU comemorou 70 anos e quando foi possível obter uma grande participação de líderes mundiais.

A tribuna da Assembleia Geral será ocupada por presidentes que nos últimos meses iniciaram seus mandatos, como o argentino Mauricio Macri e o peruano Pedro Pablo Kuczynski, assim como a nova primeira-ministra britânica, Theresa May.

Mas, como é costume, os corredores da ONU, as sedes das agências das Nações Unidas situadas nas proximidades e os hotéis da cidade serão palcos de centenas de reuniões paralelas sobre diversos temas.

De acordo com dados oficiais, a organização programou 545 reuniões no principal edifício da ONU, incluindo eventos paralelos e reuniões regulares. Também foram separadas salas para as 1.100 reuniões bilaterais que serão realizadas nestes dias, incluindo 124 que terão a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Paralelamente ao debate da Assembleia Geral, a atenção estará voltada fundamentalmente em uma conferência sobre refugiados organizada por Obama e que será realizada amanhã, um dia após outra cúpula com tema parecido e organizada pela ONU.

Além disso, na quarta-feira, o Conselho de Segurança, o órgão de decisões mais importante da ONU, realizará uma sessão para analisar o conflito armado da Síria, que deve ter a participação de alguns dos chefes de Estado presentes em Nova York.

No dia seguinte, o conselho realizará outra reunião, desta vez para analisar as ameaças à segurança aérea feitas por grupos terroristas e tentar alinhar posições entre os países-membros das Nações Unidas.

Todas as salas da sede da ONU foram disponibilizadas para várias conferências paralelas nas quais serão analisados incontáveis assuntos, que incluem as finanças no mundo islâmico, as reservas pesqueiras e a resistência perante os antibióticos.

O debate geral deste ano será liderado pelo presidente da Assembleia Geral para este período de sessões, o fijiano Peter Thomson. 

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