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Secretário do Tesouro dos EUA defende ajuda a bancos

Timothy Geithner disse que custo para salvar instituições durante a crise deve ficar abaixo do esperado

O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, defendeu a atuação durante a crise (Chung Sung-Jun/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 14h57.

O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, defendeu a impopular reação do governo do país à crise financeira, mas reconheceu que a "limpeza" do setor levará anos para ser concluída. "Nós trouxemos estabilidade ao sistema financeiro e para a economia a uma fração do custo esperado. Estamos em uma posição muito mais forte para lidar com os desafios remanescentes, que ainda são substanciais", disse Geithner, em audiência do comitê do Congresso que supervisiona o programa de US$ 700 bilhões de socorro ao sistema financeiro.

Para o secretário, o Programa de Alívio para Ativos Problemáticos (Tarp) "é um dos programas de reação a crises mais eficazes já implementados" e o custo final para os contribuintes deverá ficar abaixo dos US$ 25 bilhões previstos atualmente. Ele acrescentou que mesmo levando em conta a ajuda do governo para as agências de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac, o custo total do socorro financeiro no longo prazo será "incrivelmente baixo", em comparação com outras operações de assistência realizadas nos EUA ou em outros países.

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Integrantes do comitê, que é bipartidário, concordaram que os programas funcionaram melhor do que se previa, quando avaliados em termos de custo. Mas, com o desemprego próximo dos 10% e as empresas incapazes de obter crédito, e em meio a informes de que Wall Street voltou a pagar bônus milionários a seus executivos, alguns membros do comitê disseram que o governo pode não estar focalizando o que importa.

"Muitas pessoas simplesmente sentem que suas vidas não melhoraram durante esse período, mesmo que o sistema financeiro tenha se estabilizado e os bancos tenham voltado à lucratividade", disse Richard Neiman, superintendente dos bancos de Nova York.

O ex-senador Ted Kaufman, que preside o comitê, reconheceu que a economia "está numa situação tremendamente melhor" do que no auge da crise financeira, mas ressalvou que a falta de progressos em questões como o desemprego e as execuções de hipotecas exige mais ações. "Não podemos esquecer que a dor continua para muitos americanos; 15 milhões de americanos ainda não conseguem encontrar empregos e 13 milhões de famílias perderão suas casas com as execuções de hipotecas", afirmou Kaufman. As informações são da Dow Jones.

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