Se preciso, juro vai subir mesmo em ano eleitoral, diz Lula
São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que, se necessário, o juro no Brasil será elevado para controlar a inflação, mesmo que este seja um ano eleitoral. "Estabilidade econômica e controle da inflação são obrigações nossas", disse o presidente em entrevista ao SBT. "Se tiver que subir, vai subir", […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que, se necessário, o juro no Brasil será elevado para controlar a inflação, mesmo que este seja um ano eleitoral.
"Estabilidade econômica e controle da inflação são obrigações nossas", disse o presidente em entrevista ao SBT.
"Se tiver que subir, vai subir", respondeu Lula, ao ser perguntado se poderá haver nova alta na taxa de juro neste ano.
Em sua última reunião, em abril, o Banco Central elevou a taxa básica de juro da economia em 0,75 ponto percentual, para 9,50 por cento, a primeira alta desde setembro de 2008, alegando temores com a inflação.
"Eu jamais permitirei que, por conta de uma eleição, a gente deixe a economia desandar como deixaram em 2002", disse ele, referindo-se à crise financeira no Brasil ocorrida durante o período eleitoral. Naquele ano, Lula elegeu-se presidente pela primeira vez.
"Quem pensar nisso vai quebrar a cara", declarou. Na entrevista, o presidente recuou de declaração ao jornal espanhol "El Pais", no final de semana, na qual disse não ver possibilidade de o PT ser derrotado nas urnas em outubro.
"Eleição e mineração: a gente só vai saber o resultado depois da apuração", disse, usando uma máxima política. "Qualquer um que é candidato pode ganhar as eleições."
A pré-candidata petista à sucessão, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, aparece em segundo lugar nas pesquisas Ibope e Datafolha. Na liderança está o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB).
Lula concedeu a entrevista nesta manhã em Brasília, antes de embarcar a Moscou, onde inicia viagem internacional que incluirá também Irã e Catar.