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Se parece com o Japão após Hiroshima e Nagasaki, diz governo de Beirute

O governador da capital do Líbano afirmou que em toda a sua vida não viu uma destruição como a de hoje, que por enquanto deixou pelo menos 100 mortos

Líbano: fotos da cidade após o acontecimento mostram cenas de destruição (Anwar AMRO/AFP)

Líbano: fotos da cidade após o acontecimento mostram cenas de destruição (Anwar AMRO/AFP)

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Clara Cerioni

Publicado em 4 de agosto de 2020 às 16h39.

Última atualização em 5 de agosto de 2020 às 12h13.

Após o registro de duas explosões na capital do Líbano, o governador de Beirute, Marwan Abboud, comparou a destruição da cidade com o Japão após "Hiroshima e Nagazaki", duas bombas que foram jogadas pelos Estados Unidos no país durante os estágios finais da Segunda Guerra mundial.

Em entrevista a jornalistas, ele afirmou que em toda a sua vida não viu uma destruição como essa tragédia, que por enquanto deixou pelo menos 100 mortos e mais de 4.000 feridos.

Questionado se foi um incêndio que causou a explosão, Abboud disse: "Não sabemos. Houve um incêndio, os bombeiros foram apagar, logo ocorreu a explosão e muitos desapareceram. Estamos buscando contato com eles".

Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível ouvir um forte barulho, seguido por uma nuvem de fumaça que lembra o formato de cogumelo — comum em situações em que há explosão de bombas. A explosão mais forte parece ter acontecido depois de outra, mais fraca, que já chamava a atenção das pessoas, que começaram a filmá-la.

Fotos da cidade após o acontecimento mostram cenas de destruição. O episódio causou danos generalizados a edifícios, quebrando janelas em diferentes partes da cidade. 

À Al Jazeera, uma moradora de Beirute afirmou que estava a quilômetros de distância da explosão, mas "vidros quebraram por todo o lado" perto dela. "A explosão foi sentida por toda a cidade, está um caos nas ruas", completou.

De acordo com o diretor-geral da Segurança Geral Abbas Ibrahim, as violentas explosões podem estar ligadas a "materiais explosivos" confiscados e mantidos em um armazém "por anos".

"Parece que há um armazém contendo materiais confiscados há anos, e parece que eram materiais muito explosivos", disse. "Os serviços responsáveis estão realizando a investigação, e dirão qual é a natureza do incidente", acrescentou.

Veja fotos de Beirute após a explosão:

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