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Schulz renuncia ministério e participação no governo Merkel

Decisão foi tomada em meio a críticas internas no partido que fechou um acordo de coalizão com os conservadores da chanceler alemã

Martin Schulz: "renuncio a entrar no governo e espero que com isso acabe o debate interno no SPD" (Fabrizio Bensch/Reuters)

Martin Schulz: "renuncio a entrar no governo e espero que com isso acabe o debate interno no SPD" (Fabrizio Bensch/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 14h00.

Berlim - O líder do Partido Social-democrata (SPD), Martin Schulz, renunciou ao cargo de ministro de Relações Exteriores da Alemanha e a ocupar qualquer outro cargo na nova grande coalizão da chanceler, Angela Merkel.

"Renuncio a entrar no governo e espero que com isso acabe o debate interno no SPD. Fazemos política para o povo deste país, o que quer dizer que os meus interesses pessoais estão após os interesses do partido", apontou Schulz em comunicado divulgado pouco depois de informar a imprensa sobre a sua saída.

A decisão foi tomada em meio a críticas internas no SPD e depois de o próprio Schulz ter dito que deixará a função de presidência do partido nas mãos da atual chefe do grupo parlamentar, Andrea Nahles.

O atual titular da pasta e ex-líder social-democrata, Sigmar Gabriel, criticou a atitude do colega.

"É lamentável comprovar até que ponto se perdeu o respeito entre nós, os social-democratas, e como a palavra dada vale pouco", afirmou Gabriel, em declarações à rádio "Funke".

Gabriel pretendia continuar à frente do ministério, mas, possivelmente, não terá cargo algum no novo governo de Merkel, no qual o SPD terá seis ministérios, entre eles Finanças e Trabalho.

Até o começo do ano passado, Gabriel era líder do SPD, mas cedeu o posto e o de candidato à Chancelaria a Schulz, por considerar que o colega tinha melhores opções frente a Merkel nas urnas. gc/cdr

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