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Satélite revela 122 objetos em área de buscas do voo MH370

Novas imagens de satélite revelam a presença de 122 objetos em uma das áreas de buscas do sul do Oceano Índico, onde teria caído o voo MH370

O ministro dos Transportes malaio exibe fotos de possíveis destroços do avião: imagens mostram os objetos flutuando em uma zona de 400 km quadrados (Mohd Rasfan/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 13h08.

Perth - Novas imagens de satélite revelam a presença de 122 objetos em uma das áreas de buscas do sul do Oceano Índico, onde teria caído o voo MH370 em circunstâncias misteriosas, denunciadas pelas famílias das vítimas.

As imagens, feitas por um satélite da Airbus Defence and Space, mostram os objetos flutuando em uma zona de 400 quilômetros quadrados, indicou à imprensa o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein.

No momento não é possível saber se os objetos procedem do Boeing 777 que fazia o trajeto Kuala Lumpur-Pequim e que caiu no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo.

"Mas as novas imagens ajudarão a orientar as operações de busca", segundo o ministro.

Satélites da Austrália, China e França já haviam registrado imagens com objetos flutuantes possivelmente relacionados ao MH370 a milhares de km ao sudoeste de Perth (costa ocidental da Austrália).

Mas até o momento nenhum dos objetos foi recuperado, apesar da gigantesca mobilização internacional, com o envio de 12 aviões, entre eles sete militares, nesta quarta-feira após 24 horas de suspensão das buscas em razão do mau tempo.

Enquanto as circunstâncias da tragédia permanecem misteriosas, o grande escritório americano de advocacia Ribbeck Law anunciou ter apresentado uma queixa contra a companhia aérea Malaysia Airlines e a construtora Boeing.

O escritório indica que acionou um tribunal de Illinois em nome de um advogado indonésio, Januari Siregar, cujo filho Firman Siregar, de 25 anos, estava a bordo da aeronave.

Milhões de dólares

Ribbeck Law deseja saber se um eventual defeito de projeção ou avaria mecânica pode ser de responsabilidade da Boeing, ou se a companhia aérea cometeu algum erro ao informar sobre o desaparecimento do avião.

Em todo caso, "acreditamos que as duas partes devem responder pela catástrofe do voo MH370", ressalta o escritório em um comunicado publicado em Kuala Lumpur, citando a responsável pelos casos aeronáuticos, Monica Kelly.

A empresa não informou o montante da indenização cobrada, que poderia ser de milhões de dólares.


Os advogados americanos acreditam que um incêndio ou uma descompressão súbita deixaram os pilotos inconscientes e que o Boeing se tornou um "avião fantasma por várias horas antes de ficar sem combustível".

O que é certo, de acordo com informações disponibilizadas pelas autoridades malaias, é que o Boeing abruptamente e, provavelmente, deliberadamente mudou de direção antes de desaparecer dos radares civis.

A aeronave sobrevoou uma parte da noite sobre o Oceano Índico, onde um satélite identificou sua passagem no momento que não tinha mais reservas de combustível suficiente para retornar à terra.

O último sinal captado por um satélite ocorreu em 8 de março às 8h11 (21h11 do dia 7 no horário de Brasília), com um contato "parcial" oito minutos depois, quase duas horas depois da hora programada de chegada do MH370 em Pequim, de acordo com informações fornecidas pelo operador de satélites Inmarsat britânico.

Estas informações permitem afirmar que a aeronave estava no meio do Oceano Índico, sem ser capaz de estabelecer a sua posição precisa.

Enigma a ser solucionado

As diferentes teorias citadas incluem um ato desesperado do piloto ou copiloto ou um incidente que privou a equipe do controle da aeronave.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, cujo país lidera as operações de busca, garante que tudo será feito para "resolver este quebra-cabeça".

A prioridade é captar os sinais das caixas-pretas, que podem, em teoria, emitir sinais até 30 dias após sua ativação em contato com a água.

Resta menos de duas semanas para encontrá-las.

Os Estados Unidos enviaram na segunda-feira para Perth um sistema de rastreamento, uma sonda triangular de 35 kg ligada à extremidade de um cabo rebocado por um navio.

Além do desafio de localizar as caixas-pretas, os sinais emitidos se limitam a 2 ou 3 km, advertem os especialistas.

O fundo submarino nesta região é "acidentado, coberto de falhas, pequenas ravinas e sulcos, com pouco sedimento para nivelar, porque é muito jovem" geologicamente, diz Robin Beaman da universidade australiana James Cook.

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As imagens, feitas por um satélite da Airbus Defence and Space, mostram os objetos flutuando em uma zona de 400 quilômetros quadrados, indicou à imprensa o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein.

No momento não é possível saber se os objetos procedem do Boeing 777 que fazia o trajeto Kuala Lumpur-Pequim e que caiu no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo.

"Mas as novas imagens ajudarão a orientar as operações de busca", segundo o ministro.

Satélites da Austrália, China e França já haviam registrado imagens com objetos flutuantes possivelmente relacionados ao MH370 a milhares de km ao sudoeste de Perth (costa ocidental da Austrália).

Mas até o momento nenhum dos objetos foi recuperado, apesar da gigantesca mobilização internacional, com o envio de 12 aviões, entre eles sete militares, nesta quarta-feira após 24 horas de suspensão das buscas em razão do mau tempo.

Enquanto as circunstâncias da tragédia permanecem misteriosas, o grande escritório americano de advocacia Ribbeck Law anunciou ter apresentado uma queixa contra a companhia aérea Malaysia Airlines e a construtora Boeing.

O escritório indica que acionou um tribunal de Illinois em nome de um advogado indonésio, Januari Siregar, cujo filho Firman Siregar, de 25 anos, estava a bordo da aeronave.

Milhões de dólares

Ribbeck Law deseja saber se um eventual defeito de projeção ou avaria mecânica pode ser de responsabilidade da Boeing, ou se a companhia aérea cometeu algum erro ao informar sobre o desaparecimento do avião.

Em todo caso, "acreditamos que as duas partes devem responder pela catástrofe do voo MH370", ressalta o escritório em um comunicado publicado em Kuala Lumpur, citando a responsável pelos casos aeronáuticos, Monica Kelly.

A empresa não informou o montante da indenização cobrada, que poderia ser de milhões de dólares.


Os advogados americanos acreditam que um incêndio ou uma descompressão súbita deixaram os pilotos inconscientes e que o Boeing se tornou um "avião fantasma por várias horas antes de ficar sem combustível".

O que é certo, de acordo com informações disponibilizadas pelas autoridades malaias, é que o Boeing abruptamente e, provavelmente, deliberadamente mudou de direção antes de desaparecer dos radares civis.

A aeronave sobrevoou uma parte da noite sobre o Oceano Índico, onde um satélite identificou sua passagem no momento que não tinha mais reservas de combustível suficiente para retornar à terra.

O último sinal captado por um satélite ocorreu em 8 de março às 8h11 (21h11 do dia 7 no horário de Brasília), com um contato "parcial" oito minutos depois, quase duas horas depois da hora programada de chegada do MH370 em Pequim, de acordo com informações fornecidas pelo operador de satélites Inmarsat britânico.

Estas informações permitem afirmar que a aeronave estava no meio do Oceano Índico, sem ser capaz de estabelecer a sua posição precisa.

Enigma a ser solucionado

As diferentes teorias citadas incluem um ato desesperado do piloto ou copiloto ou um incidente que privou a equipe do controle da aeronave.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, cujo país lidera as operações de busca, garante que tudo será feito para "resolver este quebra-cabeça".

A prioridade é captar os sinais das caixas-pretas, que podem, em teoria, emitir sinais até 30 dias após sua ativação em contato com a água.

Resta menos de duas semanas para encontrá-las.

Os Estados Unidos enviaram na segunda-feira para Perth um sistema de rastreamento, uma sonda triangular de 35 kg ligada à extremidade de um cabo rebocado por um navio.

Além do desafio de localizar as caixas-pretas, os sinais emitidos se limitam a 2 ou 3 km, advertem os especialistas.

O fundo submarino nesta região é "acidentado, coberto de falhas, pequenas ravinas e sulcos, com pouco sedimento para nivelar, porque é muito jovem" geologicamente, diz Robin Beaman da universidade australiana James Cook.

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