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Sarkozy se pronunciará hoje sobre acusações contra si

O ex-presidente francês falará hoje em entrevista sobre as acusações que enfrenta


	Sarkozy é acusado por corrupção ativa, tráfico de influência e violação do sigilo da investigação
 (Lionel Bonaventure/AFP)

Sarkozy é acusado por corrupção ativa, tráfico de influência e violação do sigilo da investigação (Lionel Bonaventure/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 09h21.

Paris - O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, acusado nesta madrugada por "corrupção ativa", tráfico de influência e violação do sigilo da investigação, falará nesta quarta-feira em entrevista sobre as acusações contra si.

A entrevista do ex-chefe do Estado entre 2007 e 2012 será divulgada de forma simultânea no telejornal de máxima audiência da emissora "TF1" e da emissora "Europe 1".

Até o momento, Sarkozy, primeiro ex-chefe do Estado francês obrigado a prestar testemunho como detido, não fez declarações, nem ontem ao entrar e sair da sede da polícia, nem nesta manhã.

Seu entorno, no entanto, se pronunciou contra a validade legal das escutas telefônicas que provocaram sua acusação, ao entender que violam o direito de confidencialidade que existe entre um advogado e seu cliente.

Através desses escutas, os investigadores deduzem que Sarkozy e seu advogado recebiam de parte de um alto magistrado filtragens sobre instruções em curso contra o político conservador.

Tanto seu advogado, Thierry Herzog, como esse juiz do Tribunal de Cassação, Gilbert Azibert, se encontram igualmente acusados, em um caso que a direita vê como um complô para evitar o retorno de Sarkozy à cena política, com a vista posta nas eleições presidenciais de 2017.

Com relação a isso, o atual presidente, François Hollande, ressaltou hoje no conselho de ministros que, desde o início de seu quinquênio, "as duas regras, os dois grandes princípios" sobre as que se apoia sua ação são "a independência da Justiça" e "a presunção de inocência".

Pouco antes, o primeiro-ministro, Manuel Valls, tinha destacado que, embora "os fatos sejam graves", "ninguém está acima da lei" mas a presunção de inocência é válida "para todomundo: o ex-presidente da República, seu advogado ou o juiz acusado".

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