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França e Alemanha se opõem à emissão de eurobônus

"Não acho que os eurobônus possam ajudar" reclamou Angela Merkel, após o encontro com Nicolas Sarkozy

Merkel encontra Sarkozy: nenhum dos dois gosta de eurobônus (Sean Gallup/Getty Images)

Merkel encontra Sarkozy: nenhum dos dois gosta de eurobônus (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 13h39.

Paris - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, expressaram nesta terça-feira sua oposição à iniciativa de criar o eurobônus como medida para enfrentar a crise orçamentária e financeira de vários países da zona do euro.

"Não acho que os eurobônus pudessem ajudar nesta situação", indicou Merkel na entrevista coletiva oferecida ao fim da reunião em Paris sobre a reforma da governança da zona do euro.

O presidente francês acrescentou que os eurobônus, considerados um dos pontos mais radicais por alguns dos membros, posicionariam os países melhor situados "em grave perigo", e não deveriam ser mais que o resultado de "um processo de integração".

Sarkozy reconheceu, no entanto que a instabilidade atual "não é boa para o crescimento" e, portanto é necessário devolver a confiança, com uma redução do nível de endividamento dos países-membros.

Em seu discurso, os dois líderes se mostraram, apesar de tudo, otimistas sobre o crescimento da zona do euro, onde segundo as estimativas adiantadas nesta terça-feira pelo Eurostat, a recuperação da economia desacelerou no segundo trimestre atingida fundamentalmente pelas consequências da crise da dívida e da forte freada da atividade registrada na Alemanha e França.

"Não é preciso ver unicamente os números trimestrais. Alcançamos quase o nível antes da crise. Nosso trabalho é vigiar se o potencial de crescimento é reforçado na Europa", assinalou a chanceler.

Merkel acrescentou que apesar dos 27 países-membros "serem interdependentes" e certos elementos atuais não serem positivos, "vamos pelo bom caminho", e o compromisso de ancorar na Constituição a obrigação de marcar-se um teto de déficit com o objetivo de conseguir o equilíbrio orçamentário é um passo "corajoso".

Por sua vez, Sarkozy insistiu que "o fato de que Alemanha e França tenham uma visão comum é a melhor contribuição que os dois países podem fazer à União Europeia em seu conjunto".

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