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Santos vincula acordo de paz com Farc à entrega das armas

"Para nós, o fundamental é trocar as balas pelos votos e esta mudança significa entregar as armas", disse o presidente colombiano

Grupo de guerrilheiros das Farc nas montanhas de Jambalo, departamento de Cauca: as Farc é a principal guerrilha da Colômbia, com cerca de 8 mil combatentes no momento (Luis Robayo/AFP)
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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 10h27.

Bogotá - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, garantiu nesta terça-feira, na véspera da retomada das negociações bilaterais em Havana, que não haverá um acordo de paz até que a guerrilha das Farc entregue as armas.

"Para nós, o fundamental é trocar as balas pelos votos e esta mudança significa entregar as armas. Não há a menor possibilidade de um acordo de paz sem que este passo seja dado", disse Santos em um ato público em Bogotá.

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Delegados do governo colombiano viajaram nesta terça para Cuba, onde retomarão as conversações de paz com as Farc iniciadas em 2012 visando acabar com o conflito armado interno, mas as tratativas ocorrem sem que haja um cessar-fogo bilateral.

Após o recesso nas negociações, a delegação governamental terá a nona rodada de conversações para fechar o primeiro dos cinco pontos da agenda: a política de desenvolvimento agrário.

Os outros quatro pontos são: participação política, drogas ilícitas, abandono das armas e vítimas do conflito.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), fundadas em 1964 após uma revolta camponesa, é a principal guerrilha da Colômbia, com cerca de 8 mil combatentes no momento.

O conflito armado na Colômbia, que envolveu grupos de esquerda, paramilitares de direita e organizações de narcotraficantes, deixou 600 mil mortos e 3,7 milhões de deslocados em quase 50 anos.

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