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Santos: "faísca" poderia incendiar processo de paz na Colômbia

"Este é um ambiente instável que precisa apenas de uma faísca para começar um incêndio", escreveu Santos

Juan Manuel Santos: o governo e as Farc retornaram à mesa de negociações para alcançar um novo acordo (César Carrión/AFP)

Juan Manuel Santos: o governo e as Farc retornaram à mesa de negociações para alcançar um novo acordo (César Carrión/AFP)

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AFP

Publicado em 31 de outubro de 2016 às 09h13.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, advertiu que uma "faísca" poderia acabar com o processo de paz em seu país, em artigo publicado no jornal The Times por ocasião do início de uma visita ao Reino Unido.

"Este é um ambiente instável que precisa apenas de uma faísca para começar um incêndio", escreveu Santos, que deve iniciar na terça-feira uma visita de Estado como convidado da rainha Elizabeth II.

"A situação exige contenção a ambas partes e um contínuo compromisso com a paz", completa o presidente, cujo plano de paz com a guerrilha das Farc foi suspenso depois da rejeição pelos colombianos no plebiscito de 2 de outubro.

O governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia retornaram à mesa de negociações para alcançar um novo acordo, que Santos espera ver pronto e aprovado até o Natal.

A visita de Estado ao Reino Unido, cuja agenda oficial via de terça-feira a quinta-feira, incluirá um viagem a Belfast, a capital da Irlanda do Norte, que viveu durante 30 anos um conflito sectário e que acabou com o Acordo de Paz da Sexta-Feira Santa de 1998.

"Quando estudava na London School of Economics em 1975, a ideia de que entregassem as armas na Irlanda do Norte era quase inconcebível", recordou Santos no artículo no The Times.

"As experiências daquele processo de paz seguem inspirando minha visão de um Colômbia em paz", completa.

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