Mundo

Sanções obrigam Rússia a gastar mais em defesa, diz Medvedev

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, disse que sanções dos EUA contra instituições russas obrigam o país a aumentar despesas em defesa e segurança

Primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev: "sanções não conseguiram colocar ninguém de joelhos" (AFP/Getty Images)

Primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev: "sanções não conseguiram colocar ninguém de joelhos" (AFP/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2014 às 10h45.

Moscou - O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, disse nesta quinta-feira - durante uma reunião de seu governo em Moscou - que as sanções adotadas pelos Estados Unidos contra bancos e empresas russas obrigam a Rússia a prestar mais atenção às despesas em defesa e segurança nacional do país.

Medvedev advertiu que uma política externa dos EUA e da União Europeia baseada nas sanções pode devolver as relações de Moscou com o Ocidente aos anos 80, a última fase do confronto político, econômico e militar conhecido como Guerra Fria.

"Se este é o objetivo de nossos parceiros ocidentais, em breve o conseguirão", ressaltou Medvedev, que também apontou para um aumento dos ânimos entre a população russa tanto em relação aos EUA como à UE, que prejudicam com sua política o bolso dos cidadãos.

O primeiro-ministro russo lembrou que as sanções dos EUA afetam "grandes coletivos (de trabalhadores) dos setores de defesa, energia e alguns bancos" e como consequência "incentivarão o aumento dos ânimos antiamericanos e antieuropeus".

"A unidade da sociedade russa contra aqueles países e pessoas que tentam pôr impedimentos a nosso país e atuar contra os interesses de seus cidadãos se consolidará", destacou Medvedev.

O premiê acrescentou que embora "qualquer sanção seja um mal que não insufla otimismo nem à economia nem às pessoas", estas medidas "não têm a capacidade de causar prejuízo irreversível à economia".

"A experiência internacional demonstra que as sanções não conseguiram colocar ninguém de joelhos", destacou.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosRússiaUnião Europeia

Mais de Mundo

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz

Na China, diminuição da população coloca em risco plano ambicioso para trem-bala