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Rússia volta a propor resolução antiterrorista na ONU

Após ataques terroristas na França, a Rússia voltou a circular um projeto para coordenar a luta internacional contra o Estado Islâmico e outros grupos


	Combatentes do grupo Estado Islâmico (EI): iniciativa nunca chegou a sair adiante
 (ISIL/AFP)

Combatentes do grupo Estado Islâmico (EI): iniciativa nunca chegou a sair adiante (ISIL/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 21h56.

A Rússia voltou a circular nesta quarta-feira perante o Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução para coordenar a luta internacional contra o Estado Islâmico (EI) e outros grupos terroristas.

O texto é uma versão "revisada" do que a Rússia distribuiu no último dia 30 de setembro para materializar o apelo de seu presidente, Vladimir Putin, para forjar uma grande coalizão contra os jihadistas, disse aos jornalistas o representante russo nas Nações Unidas, Vitaly Churkin.

Essa iniciativa nunca chegou a sair adiante, entre outras coisas porque as potências ocidentais rejeitavam cooperar com o regime sírio, aliado da Rússia.

Segundo Churkin, a nova minuta foi preparada "levando em conta os últimos trágicos eventos em Paris, no Sinai" e considerando que deve haver um "esforço coordenado por parte da comunidade internacional".

A iniciativa russa chega em paralelo à outra que a França está preparando em resposta aos atentados da sexta-feira passada e que espera circular muito em breve aos demais membros do Conselho de Segurança.

"Estamos trabalhando em um texto curto, contundente e centrado na luta contra o inimigo comum que é o Estado Islâmico", disse aos jornalistas o embaixador francês, François Delattre, que insistiu que o objetivo é buscar a "unidade" da comunidade internacional contra esse grupo terrorista.

Churkin, por sua vez, se mostrou aberto a dar maior ênfase ao combate contra o EI, mas defendeu que é necessário levar em conta o "contexto muito complicado" que há na Síria e no Iraque e a presença ali de outros grupos terroristas como a Frente al Nusra.

O embaixador russo, que preferiu não tornar pública sua proposta, garantiu que o texto foi recebido de forma "positiva" e considerou que a priori nenhum país teria por que encontrar nele elementos inaceitáveis.

Além disso, opinou que as posturas de seu país e da França não estão muito distantes e se mostrou a favor de que o Conselho de Segurança trabalhe sobre uma única minuta para deixar clara sua unidade.

Segundo fontes diplomáticas, as autoridades francesas querem tentar avançar muito rapidamente com as negociações, com a meta de que o Conselho possa adotar um documento em resposta aos atentados em Paris, que deixaram na sexta-feira passada pelo menos 129 mortos e mais de 350 feridos, já na próxima semana. 

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