Rebeldes sírios: Na primeira reunião em Genebra, o Grupo de Ação para a Síria defendeu a necessidade de impulsionar a formação de um Governo transitório no país (©AFP / Ahmad Gharabli)
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2012 às 15h49.
Nações Unidas - A Rússia suspendeu a reunião do Grupo de Ação para a Síria que tinha convocado para esta sexta-feira, na sede de Nações Unidas, em Nova York, para pedir a cessação da violência no país árabe.
O adiamento da reunião foi confirmado por um porta-voz da missão russa perante a ONU, que disse que o encontro foi adiado de forma "indefinida" a pedido de "alguns membros do grupo".
A proposta da reunião provocou mal-estar em diversas delegações do principal órgão internacional de segurança, segundo fontes diplomáticas, que detalharam que durante a convocação vários membros do Conselho de Segurança (CS) haviam sido excluídos.
O Representante Permanente da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, convocou os embaixadores do Grupo de Ação que em julho se reuniram com o enviado especial da ONU à Síria, Kofi Annan: China, Rússia, Estados Unidos, França, Reino Unido e Turquia, assim como representantes da Liga Árabe, da ONU e da União Europeia.
A ideia, segundo o embaixador russo, era "fazer um apelo conjunto ao Governo de Bashar al Assad e aos rebeldes para que cessem a violência e autorizem seus representantes a negociar uma solução política", dando continuidade ao que foi estipulado na Suíça há dois meses.
Na primeira reunião em Genebra, o Grupo de Ação para a Síria defendeu a necessidade de impulsionar a formação de um Governo transitório no país árabe no qual sejam representados os partidários do regime de Assad e as forças opositoras.
Os 15 membros do CS deram a Missão de Observação das Nações Unidas na Síria (UNSMIS) por encerrada.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tinha proposto nos últimos dias a criação de um escritório em Damasco para continuar com a mediação e que teria também um caráter humanitário, uma ideia que recebeu respaldo do CS.