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Rússia rejeita projeto americano de resolução sobre a Síria

Segundo o governo russo, a proposta não exige que as duas partes envolvidas no conflito sírio cessem a violência

Vladimir Putin: Rússia, para quem Síria é seu último aliado no Oriente Médio, rejeitou no Conselho de Segurança todas as resoluções de possível intervenção estrangeira (AFP)
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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2012 às 08h54.

Moscou - A Rússia rejeitou nesta sexta-feira o projeto de resolução sobre a Síria que os Estados Unidos apresentaram para que fosse aprovado no Conselho de Segurança da ONU, uma vez que a proposta não chama as duas partes em conflito a dar passos rumo à cessação da violência.

'Não podemos concordar com o projeto como está apresentado neste momento. O texto da resolução não é equilibrado', avaliou Gennady Gatilov, vice-ministro das Relações Exteriores russo, à agência 'Interfax'.

Gatilov acrescentou: 'o principal problema é a falta de uma exigência simultânea as partes envolvidas (em conflito na Síria) para que deem passos práticos para a cessação da violência'.

O diplomata russo rejeitou a possibilidade de Moscou dar sinal verde ao projeto em 12 de março na reunião ministerial no Conselho de Segurança como propuseram países ocidentais.

'Não consideramos oportuno vincular a adoção do texto com qualquer classe de prazo. O fator tempo não é o mais importante para nós. O importante é conseguir um texto realista, sem vincos e encaminhado a uma regra sólida', apontou.

O projeto americano, que foi abordado nesta semana a portas fechadas pelos membros permanentes do Conselho de Segurança, chama às autoridades de Damasco a suspender as medidas de força contra os manifestantes e a entrada de ajuda humanitária.

Além disso, pede ao Governo sírio recuar o armamento pesado das cidades e colocar em liberdade os detidos durante a repressão que não tenham cometido delitos.


Precisamente, a Rússia e a China insistiram nos últimos dias na importância que o regime sírio de Bashar al Assad autorize a entrada de assistência humanitária no país.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, vencedor das recentes eleições presidenciais, garantiu nesta semana que a Rússia não mudará sua postura com relação ao conflito quando ele retornar ao Kremlin a partir de maio, e não prevê também conceder asilo a Assad.

Em um de seus recentes artigos eleitorais, Putin afirmou que a Rússia nunca permitirá a adoção no Conselho de Segurança de uma resolução que abra caminho para intervenção militar na Síria.

'O veto não é um capricho', disse Putin, quem garantiu que a política de intervenção humanitária ocidental é uma desculpa para exportar 'a democracia das bombas'.

Putin ressaltou que não se deve permitir a repetição na Síria do roteiro líbio e advertiu contra a tentação ocidental de criar uma coalizão aliada em caso de não obter o sinal verde da ONU para uma operação militar no país árabe.

Rússia, para quem Síria é seu último aliado no Oriente Médio, rejeitou no Conselho de Segurança todas as resoluções de possível intervenção estrangeira e exigem a renúncia de Assad.

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Moscou - A Rússia rejeitou nesta sexta-feira o projeto de resolução sobre a Síria que os Estados Unidos apresentaram para que fosse aprovado no Conselho de Segurança da ONU, uma vez que a proposta não chama as duas partes em conflito a dar passos rumo à cessação da violência.

'Não podemos concordar com o projeto como está apresentado neste momento. O texto da resolução não é equilibrado', avaliou Gennady Gatilov, vice-ministro das Relações Exteriores russo, à agência 'Interfax'.

Gatilov acrescentou: 'o principal problema é a falta de uma exigência simultânea as partes envolvidas (em conflito na Síria) para que deem passos práticos para a cessação da violência'.

O diplomata russo rejeitou a possibilidade de Moscou dar sinal verde ao projeto em 12 de março na reunião ministerial no Conselho de Segurança como propuseram países ocidentais.

'Não consideramos oportuno vincular a adoção do texto com qualquer classe de prazo. O fator tempo não é o mais importante para nós. O importante é conseguir um texto realista, sem vincos e encaminhado a uma regra sólida', apontou.

O projeto americano, que foi abordado nesta semana a portas fechadas pelos membros permanentes do Conselho de Segurança, chama às autoridades de Damasco a suspender as medidas de força contra os manifestantes e a entrada de ajuda humanitária.

Além disso, pede ao Governo sírio recuar o armamento pesado das cidades e colocar em liberdade os detidos durante a repressão que não tenham cometido delitos.


Precisamente, a Rússia e a China insistiram nos últimos dias na importância que o regime sírio de Bashar al Assad autorize a entrada de assistência humanitária no país.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, vencedor das recentes eleições presidenciais, garantiu nesta semana que a Rússia não mudará sua postura com relação ao conflito quando ele retornar ao Kremlin a partir de maio, e não prevê também conceder asilo a Assad.

Em um de seus recentes artigos eleitorais, Putin afirmou que a Rússia nunca permitirá a adoção no Conselho de Segurança de uma resolução que abra caminho para intervenção militar na Síria.

'O veto não é um capricho', disse Putin, quem garantiu que a política de intervenção humanitária ocidental é uma desculpa para exportar 'a democracia das bombas'.

Putin ressaltou que não se deve permitir a repetição na Síria do roteiro líbio e advertiu contra a tentação ocidental de criar uma coalizão aliada em caso de não obter o sinal verde da ONU para uma operação militar no país árabe.

Rússia, para quem Síria é seu último aliado no Oriente Médio, rejeitou no Conselho de Segurança todas as resoluções de possível intervenção estrangeira e exigem a renúncia de Assad.

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