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Rússia promete responder decisão londrina pelo caso do ex-espião

A Rússia deve atuar de maneira rápida, muito dura e de forma proporcional, afirmou a presidente do Senado russo

A senadora classificou como desprezável e inescrupulosa a medida anunciada pela primeira-ministra britânica (Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin/Reuters)

A senadora classificou como desprezável e inescrupulosa a medida anunciada pela primeira-ministra britânica (Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de março de 2018 às 15h32.

Moscou - A Rússia dará uma resposta rápida, dura e proporcional à decisão do Reino Unido de expulsar 23 diplomatas russos pelo caso do envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e de sua filha, declarou nesta quarta-feira a presidente do Senado russo, Valentina Matviyenko.

A senadora classificou como "desprezável e inescrupulosa provocação" a medida anunciada pela primeira-ministra britânica, Theresa May.

"Obviamente, é uma provocação desprezável e inescrupulosa, com um roteiro pobremente inventado sobre uma suposta pista russa. Trata-se de uma campanha diária destinada a projetar na comunidade internacional uma imagem negativa da Rússia", afirmou em declarações aos jornalistas.

Seguindo a posição adotada por Moscou desde o primeiro momento neste caso diante das acusações britânicas, Matviyenko disse que o Reino Unido "acusou a Rússia sem provas".

"Isto não tem precedentes, acho que a prática diplomática não tem esses exemplos. Por isso, a Rússia deve atuar de maneira rápida, muito dura e de forma proporcional", ressaltou.

Sobre este caso, o ministro de Indústria e Comércio russo, Denis Manturov, afirmou que a Rússia já eliminou todo o seu arsenal químico herdado da União Soviética, em resposta a uma pergunta sobre se a Rússia tinha destruído todas as reservas do agente nervoso "Novichok", que segundo o governo britânico foi usado contra Skripal.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) confirmou a eliminação destas armas, e os seus inspetores estiveram presentes permanentemente nas instalações envolvidas durante todo o período de destruição, entre 2002 e 2007.

Antes, a embaixada da Rússia em Londres havia considerado a expulsão dos 23 diplomatas inaceitável e injustificável.

 

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