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Rússia promete nova trégua para ucranianos deixarem cidades atingidas

Na terça-feira, milhares de civis conseguiram escapar, mas há denúncias de que tropas russas romperam o cessar-fogo em Mariupol

Refugiados da Ucrânia em fronteira com a Polônia (DANIEL LEAL/AFP/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 9 de março de 2022 às 07h04.

Última atualização em 9 de março de 2022 às 07h06.

A Rússia anunciou que fará uma nova trégua, nesta quarta-feira, para abrir corredores humanitários que permitam a fuga de civis da capital, Kiev, e de outras quatro cidades ucranianas. O número de refugiados criado pelo maior ataque a um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial já ultrapassa 2 milhões.

Mikhail Mizintsev, chefe do Centro de Controle de Defesa Nacional da Rússia, foi citado pela agência de notícias Tass, afirmando que as forças russas "observariam um regime de silêncio" a partir das 10h (horário de Moscou) para garantir a passagem segura de civis que desejam deixar Kiev, Chernihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol.

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Não ficou claro se as rotas propostas passariam pela Rússia ou pela Bielorrússia, condições anteriormente contestadas pelo governo ucraniano.

O governo ucraniano, por sua vez, anunciou que retomará os esforços para evacuar milhares de pessoas de Sumy, no leste da Ucrânia. O governo também disse que criou “corredores humanitários” para retirar as pessoas das áreas de intensos combates ao redor de Kiev. Um trem transportará crianças e mulheres para fora da área de Kiev às 11h.

Segundo a vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk, a Ucrânia tentará evacuar civis através de seis "corredores humanitários", inclusive da cidade portuária sitiada de Mariupol. Ela disse, em um comunicado em vídeo, que as forças armadas ucranianas concordaram em parar de atirar nessas áreas das 9h às 21h desta quarta-feira.

Trégua violada

Esta será a quinta trégua prometida pela Rússia, para permitir a evacuação de civis durante a guerra. Nessa terça-feira, milhares de ucranianos deixaram as cidades de Sumy, no Nordeste, e de Irpin, perto da capital, Kiev.

O "corredor humanitário" na cidade sitiada de Sumy foi o primeiro aberto desde a invasão pela Rússia. Apesar do acordo de cessar-fogo, em Mariupol houve relatos de que soldados russos violaram a pausa e tentaram invadir a cidade, cercada há dias, enquanto os civis tentavam escapar.

De acordo com relatório do escritório de Direitos Humanos da ONU, a guerra Rússia-Ucrânia já deixou ao menos 474 civis mortos, dos quais 29 eram crianças. Outros 861 cidadãos ficaram feridos, desde o início do conflito, em 24 de fevereiro.

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