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Rússia pode entrar em recessão no 2ºtri, diz ministério

A economia foi atingida por declínio da atividade de investimento e saída de capitalpor conta das sanções do ocidente contra o governo pela anexação da Crimeia


	O presidente russo Vladimir Putin: país já corre risco de recessão
 (Alexei Nikolsky/AFP)

O presidente russo Vladimir Putin: país já corre risco de recessão (Alexei Nikolsky/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2014 às 12h32.

Moscou - A economia da Rússia poderá entrar em recessão no segundo trimestre deste ano, mas o Ministério das Finanças não está planejando aumentar as despesas para conter uma crise, disse hoje o chefe do departamento de projeções do órgão, Maxim Oreshkin.

A economia da Rússia já foi atingida por um declínio da atividade de investimento e uma saída de capital no início do ano à medida que as famílias e as empresas correram para comprar moeda estrangeira na esteira das sanções do ocidente contra o governo de Moscou após a anexação da Crimeia.

Em uma coletiva, Maxim Oreshkin disse que a economia pode entrar em recessão - ou seja, quanto há contração na atividade por, pelo menos, dois trimestres consecutivos - no segundo trimestre deste ano.

De acordo com as avaliações do Ministério das Finanças, a economia da Rússia encolheu 0,5% nos três primeiros meses deste ano na comparação com o período anterior e está a caminho de crescer cerca de 0,5% em todo o ano de 2014.

O Ministério das Finanças projeta uma queda de 1,8% da economia ainda este ano caso a saída de capitais permaneça nos mesmos níveis do primeiro trimestre - mais de US$ 60 bilhões. Oreshkin, no entanto, espera que o movimento perca força e que a saída de capitais do país ao fim do ano totalize US$ 80 bilhões.

O rublo, que caiu para o menor valor de todos os tempos em março desde ano, tem chance de se recuperar caso o superávit em conta corrente não diminua mais, disse o analista.

Oreshkin se opôs a ideia de que Ministério das Finanças aumente a despesa do orçamento para apoiar a economia e disse a política monetária do banco central é a ferramenta mais eficiente para sustentar o crescimento através de uma maior demanda dos consumidores.

A respeito da inflação, Oreshkin disse que o índice de preços ao consumidor deve atingir o pico de 7,5% no meio do ano, mas que deve fechar o ano em 6%, acima do centro da meta, que é de 4,5%.

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