Mundo

Rússia inaugura radar em resposta ao escudo antimísseis dos EUA

Dmitri Medvedev advertiu nos últimos meses que se não houver um acordo até 2020, o mundo se verá em uma nova corrida armamentista, similar a da Guerra Fria

Medvedev: 'espero que esta medida seja percebida por nossos parceiros ocidentais como um primeiro sinal da disposição de nosso país a responder às ameaças do sistema de defesa antimísseis' (Dmitry Astakhov/AFP)

Medvedev: 'espero que esta medida seja percebida por nossos parceiros ocidentais como um primeiro sinal da disposição de nosso país a responder às ameaças do sistema de defesa antimísseis' (Dmitry Astakhov/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2011 às 09h15.

Moscou - O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, presidiu nesta terça-feira a inauguração de uma estação de radares de alerta contra mísseis no enclave báltico de Kaliningrado, em resposta ao escudo antimísseis dos Estados Unidos.

'Espero que esta medida seja percebida por nossos parceiros ocidentais como um primeiro sinal da disposição de nosso país a responder às ameaças do sistema de defesa antimísseis (americano) para nossas forças nucleares', declarou Medvedev, citado pela agência 'Interfax'.

O sistema 'Voronezh-DM' tem uma cobertura de 6 mil quilômetros. O líder russo advertiu que caso o sinal não seja ouvido, a Rússia tomará outras medidas de resposta, entre elas 'o desdobramento de agrupamentos ofensivos'.

Na última semana, o presidente russo anunciou o radar contra mísseis e ordenou o reforço na segurança das instalações das forças estratégicas do país, em resposta à recusa dos EUA a dar garantias por escrito de que seu sistema de defesa antimísseis na Europa não ameaça o poderio nuclear russo.

Anteriormente, Medvedev havia proposto a criação de um sistema conjunto Rússia-OTAN, no qual cada uma das partes se encarregaria da segurança de um setor do continente, proposta rejeitada pela Aliança Atlântica e EUA.

O líder russo advertiu nos últimos meses que se não houver um acordo até 2020, o mundo se verá em uma nova corrida armamentista, similar a protagonizada por Moscou e Washington durante a Guerra Fria. 

Acompanhe tudo sobre:ArmasÁsiaEstados Unidos (EUA)EuropaIndústriaIndústria de armasIndústrias em geralPaíses ricosRússia

Mais de Mundo

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia

A discreta missa de Natal em uma região da Indonésia sob a sharia