O presidente da Síria, Bashar al-Assad, é apoiado pela Rússia e pelo Irã, ambos os quais confirmaram que ajudarão seu exército a lutar depois que Aleppo, a segunda cidade do país, saiu do controle do governo (ATTA KENARE/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 13h27.
Última atualização em 2 de dezembro de 2024 às 13h32.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o mandatário do Irã, Masoud Pezeshkian, expressaram, durante uma conversa por telefone, apoio “incondicional” ao regime de Bashar al-Assad na Síria diante de uma ofensiva de grupos islâmicos.
“Foi expresso apoio incondicional às ações legais das autoridades sírias para restaurar a ordem constitucional e a integridade territorial do país”, disse o Kremlin em comunicado.
Putin e Pezeshkian abordaram a “agressão em larga escala por grupos terroristas e formações armadas”, que eles interpretaram como uma tentativa de “minar a soberania e a estabilidade política, social e econômica do Estado sírio”.
Quem são os insurgentes da nova batalha na SíriaAmbos também enfatizaram a importância de coordenar os esforços diplomáticos na estrutura do formato Astana envolvendo os três garantidores do cessar-fogo: Rússia, Irã e Turquia.
De fato, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrey Rudenko, declarou nesta manhã, em falas divulgadas pela agência de notícias oficial "TASS", que a Rússia não descarta a possibilidade de uma reunião tripartite.
No sábado passado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, conversou por telefone com os chanceleres iraniano e turco, Abbas Arakchi e Hakan Fidan, respectivamente.
O contingente russo na Síria admitiu no domingo ter bombardeado posições rebeldes nas províncias de Idlib, Hama e Aleppo em coordenação com o Exército sírio.
Tanto a mídia oficial quanto o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma ONG sediada no Reino Unido, têm relatado ataques aéreos russos há dias.
Putin ordenou uma operação militar em setembro de 2015 que impediu a derrubada de Assad, embora as forças armadas russas estejam agora envolvidas em uma campanha sangrenta na Ucrânia.