Nuland disse se sentir contente pelas declarações dos países, criticados por Washington por vetar duas vezes resoluções do CS ONU que condenam a violência da Síria (Massoud Hossaini/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2012 às 17h10.
Washington - Os Estados Unidos disseram nesta quarta-feira que Rússia e China aproximaram suas posições do restante do mundo em relação a uma condenação ao presidente Bashar al Assad pela sangrenta repressão na Síria.
Os pontos fechados no Cairo no sábado entre Liga Árabe e Moscou "são uma melhora em relação aonde estávamos anteriormente em algumas das posições russas", disse a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.
"Eles começam a fechar algumas das brechas" entre as posturas, disse Nuland a jornalistas.
A Rússia e os árabes concordaram em relação ao "acesso humanitário sem obstáculos", e o fim da violência, o estabelecimento de um mecanismo de "controle objetivo" no país por parte de observadores independentes e a não intervenção estrangeira. A China celebrou posteriormente esse plano.
Nuland disse se sentir contente pelas declarações de Rússia e China, países criticados por Washington por vetar duas vezes resoluções do Conselho de Segurança da ONU que condenam a violência da Síria.
"Estão sendo feitas declarações públicas, tanto da Rússia como da China, que dizem muito claramente que não estão interessados em proteger Assad, que não estão interessados em nada em particular a não ser colocar fim à violência", afirmou.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, criticou nesta quarta-feira Assad pelo "grande atraso" na reforma na Síria, dizendo que Damasco não fracassou em seguir os conselhos de Moscou com rapidez.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, pediu uma trégua imediata e a proteção dos civis, e completou: "a China respeita as legítimas aspirações do povo sírio para a mudança e para a defesa de seus próprios interesses".
No entanto, não deixaram claro até o momento se eram mais propensos a apoiar qualquer nova resolução da ONU sobre a Síria, depois de considerar que os dois últimos projetos de resolução da ONU não eram imparciais e apenas buscavam substituir Assad.