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Rússia e China impedem sanções contra ex-presidente da RCA

Países bloquearam uma proposta feita por Estados Unidos e França para impor sanções ao ex-presidente da República Centro-Africana François Bozizé

Ex-presidente centro-africano, François Bozizé: proposta foi devido ao seu "engajamento ou apoio a atos que minam a paz, a estabilidade ou a segurança da República Centro-Africana" (©afp.com / Sia Kambou)
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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 22h37.

Nações Unidas - A Rússia e a China bloquearam uma proposta feita por Estados Unidos e França para impor sanções da Organização das Nações Unidas ao ex-presidente da República Centro-Africana François Bozizé e outras duas pessoas ligadas ao conflito naquele país, disseram diplomatas à Reuters nesta quarta-feira.

A proposta de sancionar Bozizé, em particular, foi devido ao seu "engajamento ou apoio a atos que minam a paz, a estabilidade ou a segurança da República Centro-Africana", de acordo com uma carta de oito páginas enviada ao comitê de sanções do Conselho de Segurança da ONU sobre o país africano obtida pela Reuters.

As sanções contra Bozizé, que foi deposto por rebeldes Seleka predominantemente muçulmanos em março de 2013, e outros dois indivíduos deveriam ter entrado em vigor na terça-feira, mas a Rússia e, em seguida, a China apresentaram objeções de última hora, disseram diplomatas.

Foi a primeira tentativa de colocar em uma lista de restrições alguém ligado ao conflito desde que um regime de sanções da ONU foi criado em dezembro.

"Os russos e os chineses apresentaram uma objeção às designações propostas", disse um diplomata do Conselho de Segurança da ONU, formado por 15 membros, à Reuters sob condição de anonimato. "Nós não sabemos se (a proposta) está morta ou se as preocupações deles podem ser negociadas." Sem um eventual acordo para retirar as objeções, a proposta de sanções poderá ficar no limbo indefinidamente. Os comitês de sanções do Conselho de Segurança trabalham apenas com unanimidade.

Inicialmente, a França queria impor sanções a mais indivíduos, mas reduziu para três nomes a fim de produzir uma proposta conjunta com os Estados Unidos de modo que o rigoroso sistema de vetos norte-americano pudesse aceitar, disseram diplomatas.

O porta-voz da missão da Rússia na ONU não quis comentar o assunto.

Um porta-voz da delegação chinesa em Nova York disse por e-mail: "Gostaríamos de reiterar que é uma posição de princípio da China ser contra recorrer a sanções. As sanções não são úteis para a solução apropriada de problemas." Um diplomata ocidental, no entanto, disse estar otimista de que a Rússia e a China acabarão sendo persuadidas a apoiar a proposta como fizeram nos casos do Irã e da Coreia do Norte.

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A proposta de sancionar Bozizé, em particular, foi devido ao seu "engajamento ou apoio a atos que minam a paz, a estabilidade ou a segurança da República Centro-Africana", de acordo com uma carta de oito páginas enviada ao comitê de sanções do Conselho de Segurança da ONU sobre o país africano obtida pela Reuters.

As sanções contra Bozizé, que foi deposto por rebeldes Seleka predominantemente muçulmanos em março de 2013, e outros dois indivíduos deveriam ter entrado em vigor na terça-feira, mas a Rússia e, em seguida, a China apresentaram objeções de última hora, disseram diplomatas.

Foi a primeira tentativa de colocar em uma lista de restrições alguém ligado ao conflito desde que um regime de sanções da ONU foi criado em dezembro.

"Os russos e os chineses apresentaram uma objeção às designações propostas", disse um diplomata do Conselho de Segurança da ONU, formado por 15 membros, à Reuters sob condição de anonimato. "Nós não sabemos se (a proposta) está morta ou se as preocupações deles podem ser negociadas." Sem um eventual acordo para retirar as objeções, a proposta de sanções poderá ficar no limbo indefinidamente. Os comitês de sanções do Conselho de Segurança trabalham apenas com unanimidade.

Inicialmente, a França queria impor sanções a mais indivíduos, mas reduziu para três nomes a fim de produzir uma proposta conjunta com os Estados Unidos de modo que o rigoroso sistema de vetos norte-americano pudesse aceitar, disseram diplomatas.

O porta-voz da missão da Rússia na ONU não quis comentar o assunto.

Um porta-voz da delegação chinesa em Nova York disse por e-mail: "Gostaríamos de reiterar que é uma posição de princípio da China ser contra recorrer a sanções. As sanções não são úteis para a solução apropriada de problemas." Um diplomata ocidental, no entanto, disse estar otimista de que a Rússia e a China acabarão sendo persuadidas a apoiar a proposta como fizeram nos casos do Irã e da Coreia do Norte.

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