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Rússia diz que sanções dos EUA ao Irã buscam prejudicar acordo nuclear

A Rússia condenaram a aplicação de sanções unilaterais fora das resoluções do Conselho de Segurança da ONU que afetam os interesses de outros países

Segundo a Rússia, a experiência mostra que não é possível conseguir concessões do Irã mediante métodos de pressão (Sergei Karpukhin/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 11h22.

Moscou - A Rússia denunciou nesta terça-feira que o restabelecimento de sanções contra o Irã por parte dos Estados Unidos tem como objetivo prejudicar o Plano de Ação Conjunto e Completo, o acordo nuclear que Washington abandonou unilateralmente no dia 8 de maio.

"Condenamos quaisquer sanções unilaterais fora das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, ainda mais quando essas se aplicam de maneira extraterritorial e afetam os interesses de outros países, como é o caso das restrições impostas pelos EUA ao Irã", declarou o Ministério de Relações Exteriores da Rússia.

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Segundo a Chancelaria, o acordo nuclear com o Irã "mostrou a sua eficácia" e a Agência Internacional de Energia Atômica confirma regularmente que o governo de Teerã cumpre com os compromissos firmados.

Moscou afirmou que a aplicação plena das medidas de controle e verificação contempladas no acordo é uma "garantia confiável do caráter pacífico do programa nuclear iraniano".

A comunidade internacional "não deve permitir que essas conquistas significativas de diplomacia multilateral sejam sacrificadas pelo afã americano de ajustar contas políticas com o Irã que nada têm a ver com o acordo", disse o governo russo.

Segundo a Chancelaria russa, a experiência mostra que não é possível conseguir concessões do Irã mediante métodos de pressão.

"Estamos confiantes que o pacto tem uma reserva de solidez suficiente e que os participantes do acordo serão capazes de superar as dificuldades que surgiram", ressaltou o Ministério de Relações Exteriores, que reiterou o apego da Rússia ao acordo nuclear com o Irã.

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