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Rússia diz que quer governo "civilizado" na Síria

Rússia também negou que sua campanha de bombardeios aéreos na Síria busque defender a todo custo o regime de Bashar al Assad


	Síria: Rússia se mostrou disposta a cooperar com os Estados Unidos para apoiar governo "normal" no país
 (Hosam Katan/Reuters)

Síria: Rússia se mostrou disposta a cooperar com os Estados Unidos para apoiar governo "normal" no país (Hosam Katan/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2015 às 08h18.

Moscou - A Rússia negou neste sábado que sua campanha de bombardeios aéreos na Síria busque defender a todo custo o regime de Bashar al Assad, e se mostrou disposta a cooperar com os Estados Unidos e outros países da região para que um governo "civilizado" assuma o poder em Damasco.

"Claro que sim, não importa quem esteja no comando. Não queremos que no poder esteja o Estado Islâmico, correto? Então, deve ser um governo civilizado e legítimo. Isto é do que é preciso falar", disse Dmitri Medvedev, primeiro-ministro russo, em entrevista à televisão pública.

Medvedev instou os Estados Unidos e todos os países da região, da Turquia à Arábia Saudita, a "abordar as questões políticas" para a regulação do conflito na Síria.

"Rússia, EUA e todos os países interessados em que nesta região reine a paz e em que ali haja um poder normal", ressaltou.

Medvedev insistiu que, "certamente, nós não lutamos por líderes concretos, mas defendemos nossos interesses nacionais". E parafraseou o presidente, Vladimir Putin: "É evidente que, se não eliminarmos os terroristas, virão à Rússia. Em segundo lugar, temos um pedido das autoridades legítimas".

Em resposta à pergunta de se a Rússia interviu em auxílio de Assad e não do povo sírio ao atuar militarmente no país árabe, o primeiro-ministro negou veemente e garantiu que "o povo sírio é quem deve decidir quem será o dirigente da Síria".

Ao mesmo tempo, Medvedev lembrou que, neste momento, "o presidente legítimo é Assad".

O primeiro-ministro russo destacou que ele foi "um dos poucos que viu como se vivia na Síria antes da guerra".

"Era um país normal e bastante moderno. Com toda segurança, um país pacífico, onde os monumentos não eram destruídos e a economia era normal. Agora, não se sabe o que acontece", lamentou. 

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