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Rússia diz que EUA podem cometer 'erro fatal' na Venezuela

Putin é próximo a Maduro e mantém negócios com o país latino-americano

Venezuela: tensões crescentes com os EUA levaram população a se armar (Juan Barreto/AFP)

Venezuela: tensões crescentes com os EUA levaram população a se armar (Juan Barreto/AFP)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 11h48.

O governo russo advertiu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que as escaladas recentes de tensões com a Venezuela pode ser um "erro fatal". Nesta quinta-feira, 18. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia pediu moderação, alertando que permanece em "contato constante" com sua aliada Caracas.

"Desde já apelamos a todos os países da região para que demonstrem contenção a fim de evitar um desenvolvimento imprevisível desta situação", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O ministério pediu uma "desescalada" e expressou seu apoio ao governo Maduro. A Rússia alerta para que a Casa Branca "não permita um erro fatal e se abstenha de agravar ainda mais a situação, que ameaça todo o Hemisfério Ocidental com consequências imprevisíveis".

O Kremlin afirmou estar em "contato constante" com a Venezuela, a quem chama de "aliado e parceiro". Putin já recebeu Maduro em Moscou algumas vezes e mantém relações comerciais com o país latino-americano.

Bloqueio de petroleiros na Venezuela

As declarações russas são uma resposta aos desdobramentos recentes da crise diplomática entre Estados Unidos e Venezuela.

Donald Trump, declarou nesta terça-feira, 16, que a Venezuela está completamente isolada e que determinou um bloqueio total aos petroleiros que entram e saem do país.

Em uma postagem na rede social Truth Social, Trump acusou a Venezuela de "roubar" os Estados Unidos. "Hoje, estou ordenando um bloqueio total e completo de todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela".

“A Venezuela está completamente cercada pela maior armada já reunida na história da América do Sul. Ela só tende a crescer, e o choque para eles será algo sem precedentes — até que devolvam aos Estados Unidos da América todo o petróleo, terras e outros bens que nos roubaram.”

A declaração é mais um episódio do crescente aumento das tensões entre os dois países. Desde agosto, os Estados Unidos vêm deslocando um grande aparato militar para o Caribe. Inicialmente, a Casa Branca justificou a operação como uma ação contra o tráfico internacional de drogas.

A Venezuela afirmou na quarta-feira, 17, que suas exportações de petróleo continuam "normalmente", apesar da medida de Trump.

*Com informações da AFP

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