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Rússia condena teste com míssil balístico da Coreia do Norte

Segundo o vice-ministro de Relações Exteriores, não há alternativa para enfrentar a crise nuclear além de uma solução diplomática e um diálogo direto

Coreia do Norte: o país defende a adoção de medidas que impeçam um maior desenvolvimento do programa de mísseis norte-coreano (Kim Hong-Ji/Reuters)
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EFE

Publicado em 29 de maio de 2017 às 09h12.

Moscou - A Rússia condenou nesta segunda-feira o último teste com míssil balístico efetuado pela Coreia do Norte , ao mesmo tempo em que pediu moderação aos países envolvidos na crise na Península Coreana.

"Naturalmente, condenamos (o teste). Estamos preocupados com a situação", disse Vladimir Titov, vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, à imprensa local.

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Ao mesmo tempo, Titov pediu aos países que participam das negociações a seis partes (Estados Unidos, China, Japão, Rússia e as duas Coreias) "a mostrarem moderação, em particular, em relação com a atividade militar na região".

A Chancelaria russa voltou a lembrar hoje que Rússia e China consideram "inaceitável" incluir a Coreia do Sul e, no futuro, o Japão no sistema antimísseis americano.

Titov também insistiu que não existe alternativa para enfrentar a crise nuclear além de uma solução diplomática através do diálogo direto, em particular "entre os dois principais protagonistas: Estados Unidos e Coreia do Sul".

Na semana passada, Moscou e Pequim coincidiram ao expressarem sua oposição taxativa ao programa de mísseis da Coreia do Norte, com quem a Rússia compartilha 20 quilômetros de fronteira

"Defendemos a adoção de medidas que, por um lado, impeçam um maior desenvolvimento do programa de mísseis norte-coreano e, por outro, não levem a um aumento da tensão na região", disse Serguei Lavrov, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, após um encontro com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi.

Antes do penúltimo teste norte-coreano, o presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, defenderam em Moscou o reatamento imediato das negociações a seis partes para a desnuclearização da Península Coreana.

Rússia, China, EUA, Japão e as duas Coreias participam desde 2003 nas negociações a seis partes para solucionar a crise nuclear coreana, mas estas estão paralisadas desde 2008.

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