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Rússia ataca EI na Síria e não planeja intervir no Iraque

Segundo o chanceler russo, o país "compartilha" com a coalizão liderada pelos EUA objetivos na Síria ligados ao Estado Islâmico e outros grupos terroristas

O chanceler russo Sergei Lavrov (Andrew Burton/AFP)

O chanceler russo Sergei Lavrov (Andrew Burton/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2015 às 22h53.

A Rússia "compartilha" com a coalizão liderada pelos Estados Unidos objetivos na Síria ligados ao Estado Islâmico (EI) e outros grupos terroristas, mas não pensa em ampliar os ataques aéreos ao Iraque, afirmou nesta quinta-feira seu chanceler, Sergei Lavrov.

"Estamos de acordo com a coalizão nisto", afirmou Lavrov sobre atacar o EI e a Frente Al-Nosra, ligada a Al-Qaeda na Síria, durante entrevista coletiva na sede da ONU, em Nova York.

"Não estamos planejando ampliar nossos ataques aéreos ao Iraque", disse Lavrov sobre a possibilidade de que a Rússia bombardeie o EI no país vizinho.

"Não fomos convidados, não nos perguntaram e, como sabem, somos gente educada", declarou Lavrov.

O ministro russo negou as acusações do senador americano, John McCain, de que aviões russos atacaram rebeldes sírios apoiados pelos Estados Unidos para ajudar as forças do presidente e Bashar al-Aasad.

Lavrov se negou a especificar quais grupos considera terrorista na Síria, mas acrescentou que o Exército Sírio Livre, apoiado pela Turquia, não está entre eles.

"Se você age como um terrorista, anda como um terrorista e luta como um terrorista, você é um terrorista, ou não?!" - questionou Lavrov, acrescentando que "não consideramos o Exército Sírio Livre um grupo terrorista".

"Acreditamos que o Exército Sírio Livre deveria ser parte do processo político, como alguns outros grupos armados no terreno".

A Rússia apresentou ao Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução antiterrorista que inclui o governo sírio em uma ampla coalizão contra o Estado Islâmico (EI) e a Frente Al-Nosra.

O texto "pede a todos os países que participem dos esforços e coordenem suas atividades, com o consentimento dos Estados cujos territórios são ameaçados por tais atividades", no caso Síria e Iraque.

A Rússia lançou na quarta-feira seus primeiros ataques aéreos na Síria, país mergulhado em uma brutal guerra civil que já deixou 250 mil mortos em quatro anos e meio.

Nesta quinta-feira, Moscou realizou novos bombardeios contra inimigos do regime de Bashar al-Assad no noroeste e centro da Síria, reafirmando que combate tanto o Estado Islâmico como os "outros grupos terroristas".

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