Rússia aprova nova lei que criminaliza incitação ao doping
Treinadores e especialistas em medicina esportiva que induzirem atletas a usarem substâncias agora enfrentam fortes punições, incluindo prisão
Reuters
Publicado em 3 de novembro de 2016 às 21h03.
Moscou - A Rússia , cujos esportistas da equipe de atletismo foram banidos dos Jogos Rio 2016 após descoberta de um escândalo de doping patrocinado pelo Estado, aprovou uma lei que torna a incitação ao doping um crime, segundo a agência de notícias RIA Novosti.
Treinadores e especialistas em medicina esportiva que induzirem atletas a usarem substâncias para aumento de performances agora enfrentam fortes punições, incluindo prisão, de acordo com a nova lei aprovada pela câmara baixa do Parlamento russo.
Punições podem variar de multa de até 4.700 dólares a sentença de prisão de até um ano e banimento de certas posições profissionais por até três anos, dependendo da seriedade.
Caso a ação leve à morte de um esportista ou outras consequências sérias, a pessoa responsável pode ser presa por até três anos.
"Isto mais uma vez destaca que as políticas de nosso governo absolutamente não irão tolerar doping e especialmente estes treinadores que estão tentando pressionar atletas menores de idade para usarem substâncias proibidas", disse o presidente do Comitê Olímpico Russo, Alexander Zhukov, em entrevista à Tass.
"Isto é, claro, uma resposta aos críticos estrangeiros que acusaram nosso país de ter algum tipo de programa estatal que apoia o doping. Sem dúvida, nunca houve tal programa", acrescentou.
A Rússia foi suspensa do atletismo internacional em novembro de 2015 após uma investigação descobrir evidências de amplo uso de doping e corrupção.
Esportistas das equipes de atletismo e levantamento de peso foram excluídos da Rio 2016, em agosto, enquanto toda a equipe olímpica russa para a Paralimpíada, em setembro, foi banida.